Trabalhadores da LG Eletronics entraram em greve nesta segunda-feira (12), após recusarem a proposta de indenização feita pela empresa para o encerramento da produção de celulares no Brasil.
Segundo assembleia da categoria, a greve é por tempo indeterminado e pretende combater a decisão da fabricante sul-coreana de eletroeletrônicos de fechar as portas no Brasil.
A multinacional anunciou no dia 5 de abril que deve encerrar a produção de smartphones em todo o mundo. No Brasil, a medida afetaria diretamente a fábrica da empresa em Taubaté (SP) e três principais fornecedores na região.
Com o encerramento previsto para acontecer no dia 31 de julho deste ano, a LG buscou negociar com o sindicato da categoria. O acordo previa demissão da maior parte dos trabalhadores até maio, com indenização variada de acordo com o tempo de trabalhado, e com plano média até janeiro de 2022.
A proposta foi recusada pela categoria que decidiu fazer um enfrentamento direto através da greve. Com isso, os trabalhadores da LG se unem aos trabalhadores das três fornecedoras da LG (Sun Tech, Blue Tech e 3C, em São José dos Campos e Caçapava), que estão em greve desde o dia 6 de abril.
O Sindicatodos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, que representa os terceirizados, reivindica a continuidade do funcionamento das empresas e garantia de todos os empregos ou a estatização das fábricas, caso a LG e fornecedoras encerrem a produção.
Segundo a CSP-Conlutas, o fim da divisão de celulares da LG no Brasil vai resultar na demissão direta de cerca de mil trabalhadores, sem contar com os terceirizados.
Após a assembleia que deflagrou a greve, trabalhadores metalúrgicos das três fornecedoras estiveram em Taubaté para participar de um ato unificado na porta da LG. Os gritos na passeata entoavam a unificação dos trabalhadores: “Unificou, unificou, trabalhador defende trabalhador”.