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Sob intervenção: Bolsonaro já nomeou 13 interventores em IFES

Instituída na ditadura, a nomeação de reitores pela presidência vem ameaçando a autonomia das IFES

Cartazes contra reitor-interventor no Cefet-RJ. Foto: Paladinum2. Montagem: UàE.
Cartazes contra reitor-interventor no Cefet-RJ. Foto: Paladinum2. Montagem: UàE.
Por Nina Matos, redação do Universidade à Esquerda
25 de setembro, 2020 Atualizado: 23:17

Desde o início de seu mandato, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) já nomeou 13 interventores em instituições federais de ensino superior (IFES) de todo o país, seja através da nomeação de candidatos derrotados nas consultas públicas, seja através de candidatos que sequer concorreram.

Da herança da ditadura aos atuais processos de intervenção

O processo de nomeação de reitores, desde a ditadura militar, se dá em última instância pelo Presidente da República. Em 1995, se adicionou a possibilidade de consultas prévias à comunidade universitária, mas a palavra final até hoje segue sendo do governo federal. Nas últimas décadas, porém, o mecanismo legal de intervenção não era utilizado e se nomeava o primeiro colocado das listas tríplices.