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Opinião

Resultado das Eleições no Chile e composição para constituinte

Foto: Carlos Figueroa.
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
24 de maio, 2021 20:16

Depois de 40 anos com a Constituição elaborada no governo de Pinochet (1973-1990) em vigor, a qual recebeu 21 reformas ao longo dos anos, esta foi finalmente derrubada em outubro de 2020 com as manifestações de rua do povo chileno. Na semana passada, a lista dos independentes e de partidos de esquerda ganharam mais de dois terços nas 155 cadeiras disponíveis para a assembleia que irá escrever a nova Constituição.

Para analisar as eclosões das movimentações de massa dos últimos anos,  Mauro Iasi, em seu texto para o blog da boitempo, elenca dois vetores de compreensão: a gravidade da persistente crise econômica por conta da execução de uma cartilha de privatizações, com o desmonte do Estado e rendição aos ditames do capital financeiro e do imperialismo; e pelos limites da conciliação de classe que se renderam ao pragmatismo esperando ampliar a democracia enquanto mantinham as premissas do saneamento financeiro do Estado. Através da articulação desses fatores poderíamos observar as manifestações que ocorrem no Chile, Equador, Colômbia, entre outros países.