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Opinião

Reforma Administrativa: flexibilização e desafios organizativos

A fragmentação dos trabalhadores como forma de cerceamento das lutas

Por Maria Alice de Carvalho, redação do Universidade à Esquerda
11 de agosto, 2021 Atualizado: 21:09

No dia 17/08, às 18h, a Escola de Formação Política da Classe Trabalhadora (EFoP) realizará o debate: “Por que a Reforma Administrativa é um ataque a todos os trabalhadores?”, com a Prof. Dra. Selma Venco. Até lá, o Universidade à Esquerda irá publicar diversos textos para contribuir com as discussões. O evento visa trazer questões que possam ser úteis às mobilizações que têm sido organizadas para combater a Proposta de Emenda Constitucional 32/2020, que visa atacar o regime de trabalho dos servidores públicos. 

As diferentes formas de contrato e os desafios para a organização dos trabalhadores

A proposta de Reforma Administrativa apresentada pelo governo Bolsonaro tem como um de seus principais pontos a instauração de diferentes formas de contrato no âmbito do serviço público. É previsto concursos para carreiras de Estado e para contratos de tempo indeterminado, mas também a abertura de contratos temporários.

A reforma extingue o chamado Regime Jurídico Único no serviço público e se institui uma série de novas forma de contratação, sendo: (1) vínculo de experiência; (2) Cargo típico de Estado, sendo este o único que poderá alcançar estabilidade; (3) Cargo com vínculo por prazo indeterminado; (4) Cargo com vínculo por prazo determinado; e (5) Cargo de liderança e assessoramento.