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Greves e mobilizações de trabalhadores – Celesc, Comcap e GM

Por Leila Regina, redação do Universidade à Esquerda
18 de setembro, 2019 Atualizado: 14:46

Não são apenas os estudantes das universidades que tem puxado movimentos grevistas como instrumento de luta. Já noticiamos nas últimas semanas a greve dos correios no Brasil e o movimento do transporte na França em defesa da previdência, que tem planejado paralisações para a construção de uma greve geral ainda neste ano.

No dia 17/09, os trabalhadores das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) também se mobilizaram por meio de uma paralisação. A paralisação da Celesc foi contra ataques aos direitos trabalhistas e ao Acordo Coletivo de Trabalho. Em nota a Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel) salienta que a gestão da Celesc:

caminha para uma visão privatista que trará péssimas consequências à população. No setor elétrico, a privatização é sinônimo de tarifas mais altas e serviços precarizados para o povo. Para os trabalhadores resta a lógica de exploração e morte por atentados contra a saúde e segurança

Durante o dia 17 houve mesa de negociações e a greve estadual está suspensa, assim os atendimentos estão funcionando normalmente nesta quarta-feira. Na quinta-feira, 19/09, deverá ocorrer assembleia dos sindicatos para definir acordo ou reinício das tratativas. Os trabalhadores permanecem em alerta e mobilizados até que o acordo seja definido.

A Companhia para Melhoramento da Capital (Comcap) que atua na limpeza pública e coleta de resíduos sólidos da cidade de Florianópolis também esteve mobilizada e chamou assembleia para avaliação da necessidade de greve por tempo indeterminado. A assembleia ocorrida em 10/09 tinha como pauta a deliberação por greve para pressionar por concurso. Em reunião com a direção da Comcap e comissão de trabalhadores, a Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF) se comprometeu com datas para editais e tramites para concurso da categoria. A categoria segue mobilizada para que a PMF cumpra os prazos acordados para concurso.

Nos EUA, trabalhadores da General Motors (GM) entraram em greve na última segunda-feira, 16/09. É a primeira greve geral em 12 anos enfrentada pela GM, que é a maior empresa de automóveis do país. Aderiram a greve cerca de 49 mil trabalhadores das 31 fábricas filiados à central sindical United Auto Workers (UAW).

Os trabalhadores estão em negociação há dois meses para novo contrato mas ainda não há acordo definido sobre plano de saúde, salários, segurança do emprego e limite nos contratos temporários. A greve foi o caminho encontrado após recusas da empresa em melhorar salários e plano de saúde mesmo com lucros expressivos no último período. Os trabalhadores também querem impedir o fechamento de duas fábricas, em Ohio e em Michigan. Piquetes em frente a 50 fábricas e instalações da GM em 9 estados tem sido mantidos pelos trabalhadores.


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