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Notícia

Dia de Luta – sem atos 18M

Foto: Divulgação/CUT
Por Leila Regina, redação do Universidade à Esquerda
18 de março, 2020 Atualizado: 21:39

O dia 18/03 estava previsto para ser um dia de Greve Geral com atos e protestos de rua por todo país em defesa do serviço público e da educação. Com a situação de pandemia por conta do COVID-19 os atos com aglomerações foram desmarcados e adiados. A UNE foi a primeira entidade, no dia 13/03, a publicar nota adiando os atos. Na nota a Une afirma:

“Diante do avanço da contaminação do COVID-19 no Brasil, nós, da União Nacional dos Estudantes, acreditamos que esse é um momento de responsabilidade com a saúde do povo brasileiro e por isso em conjunto com outros movimentos, decidimos pelo adiamento dos atos de rua do dia 18, evitando o fomento de grandes aglomerações conforme orientações da OMS e Ministério da Saúde, mas mantendo as greves e paralisações.  […] Desse modo, no dia 18.03, a UNE construirá nas redes sociais o grito de indignação com o que tem acontecido no Brasil, com a educação, democracia e desmonte dos serviços públicos. Também utilizaremos nossos canais para alertar aos estudantes brasileiros dos cuidados e precauções necessárias nesse momento, sem pânico, mas com prevenção.

Seguimos incansáveis na luta e contribuindo pela contenção da pandemia e assim que tudo estiver sob controle voltaremos a ocupar as ruas de país.”

Ontem, 17/03, já houve manifestação com barulhaço em vários locais, mas hoje há esse mesmo tipo de ato está marcado para 20h30. Chamado feito pelo tweet da Une:

“BARULHAÇO PELA EDUCAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA Pela revogação do Teto de Gastos!

QUARTA-FEIRA, DIA 18

20 hs

Vá pra sua janela.

“Por investimentos no SUS e nas pesquisas, proteção social e democracia #Barulhaço18M

Outros ações  ao longo do dia como colocação de faixas em viadutos estão sendo realizadas, acompanhe com as #: #18M e #GrevePorEducaçãoESaude.

Chamado para o Barulhaço da UNE

As centrais sindicais também publicaram nota conjunta depois de reunião realizada no dia 16/03. Segundo as centrais o dia 18 permanece como “dia de luta com paralisações, greves e protestos virtuais” mas seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) os atos e protestos de rua devem ser evitados. Leia a nota da na íntegra AQUI.

Além de chamar para um dia de luta com protestos virtuais as centrais indicam que é necessário ampliar o investimento público e revogar medidas como a Emenda Constitucional do teto dos gastos (EC 95).  Indicam também a necessidade de medidas de proteção ao trabalhador com garantia de estabilidade no trabalho e renda, medidas de proteção à população mais vulnerável e segurança à alimentar e medidas de proteção à saúde.

O Andes-SN   indica em seu site motivos para paralisar no dia de hoje, embora o COVID-19 já tenha obrigado à uma paralisação da maioria dos serviços. Os motivos listados são:

“1. Em defesa da educação pública e gratuita;

  1. Pela revogação da MP 914 (Medida Provisória), contra as intervenções nas IES e em defesa da autonomia e da democracia nas instituições;
  2. Pela imediata recomposição do orçamento das Universidades, IFE e CEFET;
  3. Pela imediata liberação dos concursos públicos;
  4. Pelo direito à capacitação e qualifi cação docente;
  5. Pela recomposição do orçamento da Ciência e Tecnologia Públicas e da CAPES e CNPQ;
  6. Contra os programas Future-se e Novos Caminhos;
  7. Para barrar os sucessivos ataques aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários das trabalhadoras e trabalhadores;
  8. Pela revogação da EC 95.”
Chamado da greve 18M Andes

O Sinasefe também publicou em seu site ratificando que dia 18 é dia de greve geral “contra a PEC Emergencial, contra a Reforma Administrativa, contra a EC 95/2016 e em defesa dos serviços e dos servidores públicos”. Entretanto já afirmava no dia 16 a necessidade de reavaliar a possibilidade de realização de atos. O Sinasefe deve fazer uma cobertura em tempo real. Acompanhe AQUI.

Chamado Greve Geral 18M Sinasefe

A Fasubra, segundo deliberações da plenária nacional do último final de semana, orientou a: “manter a greve prevista para o dia 18 de março, mas diante da pandemia do novo coronavirus (Covid-19) e sua expansão pelo país, a orientação é para que não realizem manifestações de rua neste dia como medida de prevenção. Novas formas de protestos devem ser realizadas como mobilização digital (posts no Facebook, Instagram e Twitter), intervenções urbanas, divulgação de panfletos, entre outras, que não representem aglomerações”.

Greve Nacional da Educação 18M Fasubra

Assim a principal ação dos movimentos será o barulhaço realizado às 20h30, servidores públicos e da educação também estão paralisados. Outras manifestações virtuais de #GrevePorEducaçãoEsaúde devem ocorrer ao longo do dia. A expectativa das entidades é que manifestações grandes de rua só possam ser retomadas após a pandemia, entretanto o congresso tem dado sinais que não vai parar com a tramitação de medidas que pioram ainda mais a situação dos serviços públicos e da vida do trabalhador.


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