O Ministério da Educação (MEC) apresentou, no último dia 20 de junho, uma nova versão do Programa para Expansão da Educação a Distância nas Universidades Públicas Federais (ReUni Digital). O objetivo do programa é ampliar o número de matrículas nas universidades federais do país através da modalidade online.
Uma primeira versão do programa já havia sido apresentada pelo governo em maio de 2021. Na época, diversas comunidades universitárias se manifestaram contra a política que propõe a manutenção e intensificação da modalidade a distância nas universidades federais, o que descaracteriza o ensino ofertado por essas instituições, desqualifica o processo educativo e dá maior abertura para entrada de capitais no ensino superior.
Para compreender melhor o projeto do Reuni Digital e sua relação com a atual conjuntura e crise das universidades públicas que vivenciamos no Brasil hoje, em nosso Jornal há diversos textos que abordam o tema de forma aprofundada. Alguns de nossos colunistas como Olinda Evangelista, Allan Kenji e Eblin Farage se dedicaram a destrinchar o tema e contribuir com uma melhor compreensão dessa realidade.
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Em matéria publicada pelo ANDES/SN, a entidade se manifesta contrária ao projeto e chama atenção para o fato de que “antes mesmo da pandemia da Covid-19, o governo Bolsonaro já havia publicado a Portaria nº 2.117/2019, que alterou de 20% para 40% a possibilidade de carga horária de EaD em cursos presenciais de graduação. Agora, além de dificultar o retorno seguro às aulas presenciais, o governo federal ainda avançou na agenda do projeto do capital para a educação”.
De acordo com o divulgado pelo MEC, neste ano terá início uma espécie de programa piloto, no qual 10 universidades federais vão disponibilizar 14 cursos EaD de curta duração (3 anos), disponibilizando 5 mil e 20 matrículas. As universidades federais que já aderiram ao programa são: Universidades Federais do Amazonas (Ufam), do Mato Grosso do Sul (Ufms), do Mato Grosso (Ufmt), do Cariri (Ufca), do Piauí (Ufpi), Rural da Amazônia (Ufra), Rural do Rio de Janeiro (Ufrrj), de Alfenas (Unifal) e de Itajubá (Unifei), além da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).