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Opinião

ANS e o lucro de 50% dos planos privados de saúde

Foto: Arquivo Agência Brasil Edição: UàE
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
06 de julho, 2021 Atualizado: 14:29

Com o contexto pandêmico, os reajustes nos planos de saúde foram adiados ano passado. Mas apenas adiados: agora em 2021 o reajuste chega na conta de milhares de brasileiros com seu valor dobrado. A partir de julho, os planos privados de saúde coletivos virão com reajuste médio de 16%, um valor duas vezes maior que a inflação (8,06% no período).

Segundo a Folha de São Paulo, o lucro líquido dos planos de saúde cresceu quase 50% em 2020, com uma receita de R$ 217 bilhões, gozando de uma boa saúde financeira por conta da queda de consultas, cirurgias e outros procedimentos eletivos durante a pandemia.

Mesmo com tamanho lucro, a maioria das operadoras alega que o caixa é “ilusório”, uma vez que as demandas teriam sido apenas adiadas por conta da pandemia e que a maioria dos segurados acumulou cirurgias eletivas, encarecendo o atendimento futuramente.

O aumento no valor dos planos fez ressurgir a discussão da necessidade de uma maior regulação dos contratos coletivos de saúde, feitos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).