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Opinião

Entregadores de aplicativo em luta: sobre as condições de precariedade

Entre o Covid e as contas a pagar, trabalhadores tem que se arriscar nas ruas mesmo sem EPIs

Por Nina Matos, redação do Universidade à Esquerda
12 de junho, 2020 Atualizado: 13:11

Com o começo da pandemia causada pela Covid-19 no Brasil, tem se desenrolado uma série de protestos, paralisações e greves realizadas por entregadores vinculados a aplicativos. A categoria, extremamente precarizada, viu a demanda por seus serviços aumentar durante o isolamento social mas, em contrapartida, não tem qualquer segurança por parte das multinacionais. Para reivindicar maior pagamento dos aplicativos e cobrar formas de assegurar o trabalho de entregador a sua luta culminou em movimentos como o dos Entregadores Antifascistas, em São Paulo.

Paulo Lima, líder deste movimento, relatou sobre o descaso da Uber Eats que o bloqueou do aplicativo, mesmo dizendo que não faria, após não poder entregar um pedido, pois o pneu de sua moto havia furado. A denúncia correu pelas redes sociais, tendo grande repercussão. Com isso, Paulo lançou um abaixo-assinado na plataforma Change.org, reivindicando que as empresas forneçam equipamentos de proteção (como luvas, máscaras e álcool em gel) e alimentação. No momento da publicação deste texto contava com aproximadamente 347 mil assinaturas.