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Estudantes da UFSM deliberam por greve a partir de 02 de outubro

Foto reprodução de DCE da UFSC. Assembleia geral estudantil de 24/09/2019
Por Maria Fernandez, redação do Universidade à Esquerda
25 de setembro, 2019 Atualizado: 14:59

Na quarta-feira (24/09), aconteceu uma Assembleia Geral Unificada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para deliberar sobre a possibilidade de greve estudantil. A assembleia marcada para às 17h no largo do planetário foi extensa e teve como maior polêmica a definição de greve imediatamente ou de iniciar nos dias 2 e 3 de outubro (dias de Greve de 48h chamada nacionalmente por várias entidades) e seguir por tempo indeterminado a partir de então. Esta última foi a proposta com votação mais expressiva.

Assim, a maioria definiu o inicio da greve a partir do dia 2/10, seguindo em greve por tempo indeterminado após a paralisação de 48h indicada pelas Centrais Sindicais.

Na assembleia estudantil foi deliberado também a constituição de um comando local de greve, mas pela dispersão decorrente do final da assembleia a definição do comando ficou incerta. Diante disso o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSM publicou nota em que convida os estudantes a constituírem o comando:

O DCE – UFSM convida a todos e todas as estudantes que defendem o fim da desigualdade social, a educação pública e outro projeto de país para que se somem à nossa luta em defesa da universidade e contra o governo de Jair Bolsonaro. Devemos construir, nos próximos dias, ações que visem mobilizar o máximo de estudantes possível, garantindo a construção de uma greve rebelde e consequente, que transpasse os muros da universidade e atinja também o mais forte ator político capaz de fazer um contraponto real ao governo Bolsonaro: a classe trabalhadora – à qual também pertencemos.

Esta assembleia geral estudantil ocorreu após uma grande mobilização em que vários centros e cursos já haviam realizado assembleias deliberando pelo indicativo de greve. O indicativo de greve deve-se a situação de urgência imposta às universidades diante de uma situação orçamentária de incerteza grave. No começo do mês de setembro, assim como em outras universidades pelo Brasil, a reitoria da UFSM publicou uma série de medidas de racionamento. Além da situação orçamentária há a minuta do Future-se que foi apresentada como projeto deste governo para as universidades, e que altera de forma fundamental a função da universidade pública.

Na assembleia outras entidades da comunidade universitária estiveram presentes como a Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), a Associação dos servidores da UFSM (Assufsm). Os servidores docentes e técnico-administrativos em educação (TAEs) também tem pautado a greve na universidade:

Os professores da UFSM também deliberaram, por ampla maioria, em assembleia no dia 20/09 o indicativo de greve. Neste dia os professores também constituíram uma assembleia permanente para permitir que o sindicato convoque nova reunião a qualquer momento para definir o movimento e uma comissão de mobilização. Já há assembleia marcada para terça, 01/10, no campus de Santa Maria e tem como pauta única a deliberação sobre greve dos docentes. Segundo a Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) a decisão local será levada a plenária nacional em Brasília . Há o indicativo de greve geral para 9 de novembro.

Os TAEs da UFSM tem assembleia marcada para o dia 26/09 para deliberar sobre a paralisação de 02 e 03 de outubro e discutir sobre futura greve.

A urgência da defesa da universidade tem mobilizado a estudantes, professores e TAEs em todo o país. Há expectativa de um movimento crescente que possa se massificar para enfrentar o que está posto.

Foto reprodução de DCE da UFSM – Assembleia geral estudantil de 24/09/2019


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