Amanhã, dia 11 de setembro, haverá uma audiência de conciliação, marcada pela ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Kátia Arruda, entre os trabalhadores do Correios e a direção das Empresas de Correiros e Telégrafos e Similares (ECT).
A reunião foi divulgada no portal da Federação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Correiros e Telégrafos e Similares (FENTECT) e da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT).
Segundo a FENTECT, o intuito é chegar a uma solução com a ECT para o conflito que está estabelecido desde o dia 17/08, quando se iniciou a greve dos trabalhadores. De acordo com a Federação, os trabalhadores estão abertos para a negociação:
“A FENTECT desde o início se colocou a disposição para o diálogo e negociação, porém a política do general Floriano Peixoto de inflexibilidade e retirada de direitos não permitiu que chegássemos a um acordo. A GREVE continua forte e a FENTECT orienta os sindicatos e trabalhadores continuarem intensificando enquanto não tivermos uma proposta de manutenção dos nossos direitos apontada no horizonte.
A FENTECT participará da reunião marcada pela ministra Kátia Arruda, com espírito de boa fé e disposição para negociação tendo como pilares centrais a manutenção de todos os direitos que a direção da ECT insiste em retirar. ”
A greve nacional que teve início no dia 17 de agosto foi convocada pela base de 36 sindicatos, 100 mil trabalhadores dos Correios. O movimento surgiu motivado pela extinção pela ECT de 70 dos 79 itens do acordo coletivo, que deveria ter vigência até 2021. Os itens retirados diziam respeito a direitos básicos dos trabalhadores, como vale alimentação e auxílio creche.
Na última reunião de conciliação, segundo a FINDECT, o TST não aceitou rever a retirada dos 70 itens do acordo coletivo e os trabalhadores decidiram continuar em greve.
Os trabalhadores dos Correiros também lutam contra a privatização da empresa e o processo de desmonte da estatal. Milhares de demissões nas últimas décadas levaram a uma sobrecarga dos trabalhadores, expressa mais intensamente nesse momento de pandemia. Eles exigem, assim, condições mínimas de trabalho, relacionadas à estabilidade e a saúde.