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Taxa Selic se mantém estável pela primeira vez desde janeiro de 2021, EUA e zona no euro têm alta histórica

Imagem: Montagem UàE
Imagem: Montagem UàE
Por Mariana Nascimento, redação do Universidade à Esquerda
22 de setembro, 2022 Atualizado: 23:25

Ontem (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Bacen) manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano. A taxa se mantém neste patamar desde 03 de agosto de 2022, após uma sequência acelerada de altas desde janeiro de 2021. 

Leia também: Inflação maior do que o esperado e as perspectivas de recuperação

A decisão se baseia na previsão de recuos futuros na taxa de juros e desaceleração inflacionária. Ainda assim, pelo momento ser de incerteza, o Bacen indicou em nota sobre a decisão que não descarta nova alta futura e que se manterá “vigilante”:

O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2023 e, em grau menor, o de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

A manutenção destoa do que vem ocorrendo em outros países. Exemplo da zona do euro, onde o Banco Central Europeu (BCE) no início de setembro subiu a taxa em 0,75%, alta que não ocorria desde 2011. A decisão vem na tentativa de frear a inflação que alcançou recordes com variações de 8,9% no último ano, muito acima do esperado pelo BCE e a mais alta desde a criação da moeda.

Nos Estados Unidos o cenário é parecido ao europeu, alcançando patamares de alta na taxa de juro não vistos no país desde a crise de 2008, definido pelo Federal Reserve entre 3,0% e 3,25%. E variação da inflação no último ano foi de 8,3%. A alta de juros nos EUA indicam uma tendência de desaceleração na economia mundial.


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