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Insegurança alimentar afeta desigualmente os estados brasileiros

Por Morgana Martins, redação do Universidade à Esquerda
21 de setembro, 2022 Atualizado: 08:31

O 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 (1) no Brasil revelou que em 2022, 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer. A pesquisa mostra que mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com insegurança alimentar (IA) em algum grau – leve, moderado ou grave (fome). O relatório apresenta também um documento reservado para a análise da fome comparando os estados brasileiros, que explicita as desigualdades sociais e de acesso aos alimentos entre as macrorregiões e entre os estados de uma mesma macrorregião.

O estado brasileiro que contém menor porcentagem da população que convive com IA grave é Santa Catarina (4,6%), no Sul do país; com maior porcentagem é o estado de Alagoas (36,7%). O Sul é a única região cuja porcentagem de insegurança alimentar é menor do que 50% da população, com 48,2%. 

A maior proporção daqueles que convivem com a fome estão na região Norte e Nordeste do país. Na análise da IA grave, que atinge grande parte da população brasileira, alguns estados se destacam, com altas prevalências em suas respectivas regiões. Da população que convive com a fome na região Norte, 2,6 milhões de pessoas estão no estado do Pará, enquanto na região Nordeste 2,4 milhões vivem no Ceará; 2,1 milhões no Maranhão e em Pernambuco; e 1,7 milhão de pessoas na Bahia.

Considerando o maior contingente de pessoas passando fome, 6,8 milhões estão em São Paulo e 2,7 milhões no estado do Rio de Janeiro, no Sudeste. 

(1) A pesquisa é realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), com execução do Instituto Vox Populi, e tem apoio e parceria de Ação da Cidadania, ActionAid, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e Sesc São Paulo.


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