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Adiamento das manifestações do dia 18 de março e construção da greve nacional da educação por tempo indeterminado

Foto: Divulgação/Fasubra
Por Maria Alice de Carvalho, redação do Universidade à Esquerda
16 de março, 2020 Atualizado: 21:26

A paralisação do dia 18 de março em defesa da educação e serviço público, chamada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e centrais sindicais, encontra-se cancelada tendo em vista o avanço do COVID-19 pelo Brasil.

A paralisação do dia 18 buscava mobilizar e reunir nas ruas a comunidade universitário de todo o país. Em ao menos 44 universidade, professores já haviam deliberado por adesão ao dia nacional de paralisação, com o mote “Ou paramos o país ou Bolsonaro e Rodrigo Maia vão destruir a educação pública”

Entidades e movimentos da educação vinham chamando por esta paralisação desde o ano passado. Os ataques dos empresários e da extrema-direita aos trabalhadores tem passado diretamente pela destruição da educação pública e dos serviços públicos que executam as políticas sociais mais significativas para a classe trabalhadora: como os servidores da educação, da saúde, da previdência e da assistência social. 

Em nota de posicionamento publicada no último dia 13, a UNE anunciou que diante do avanço da contaminação do COVID-19 no Brasil, nós, da União Nacional dos Estudantes, acreditamos que esse é um momento de responsabilidade com a saúde do povo brasileiro e por isso em conjunto com outros movimentos, decidimos pelo adiamento dos atos de rua do dia 18, evitando o fomento de grandes aglomerações conforme orientações da OMS e Ministério da Saúde, mas mantendo as greves e paralisações.”

Com o cancelamento de aulas e de outras atividades presenciais, como assembleias, em algumas universidade do país, porém, torna-se inviável a organização e mobilização nacional das categorias e o caráter de greve do dia 18 de março.

No último dia 15, em Plenária da FASUBRA Sindical, foi aprovada greve unificada da educação por tempo indeterminado, porém ainda sem data de início, tendo em vista a imprevisibilidade dos próximos acontecimento com o avanço do COVID-19. Ainda assim, foi indicado o mês de abril como possível mês de início da greve, caso entre em discussão no Plenário a PEC emergencial 186.

Em Manifesto em defesa da educação e dos serviços públicos, ANDES, FASUBRA e SINASEFE anunciaram o Comando Nacional Unificado de Mobilização e Greve, como instrumento estratégico de construção da luta em defesa da educação e dos serviços e servidores públicos, convidando todas as entidades do serviço público a comporem também esse comando.


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