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Licitação para concessão de 15 mil m² do campus da Praia Vermelha (UFRJ) é cancelada

Não houve interessados no projeto apresentado pela reitoria da UFRJ. Movimentos seguem em luta!

Imagem: Reprodução SINTUFRJ e DCE Mário Prata UFRJ
Imagem: Reprodução SINTUFRJ e DCE Mário Prata UFRJ
Por Mariana Nascimento, redação do Universidade à Esquerda
22 de dezembro, 2022 23:10

Em notícia veiculada ontem (21/12) pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação da UFRJ (SITUFRJ) e pelo Diretório Central dos Estudantes Mário Prata (DCE Mário Prata) da UFRJ, a licitação para a concessão de 15 mil m² do campus da Praia Vermelha para setores privados foi cancelada. Não houve interessados no projeto apresentado pela reitoria da UFRJ que provavelmente apresentará outro projeto.

As entidades, que compõem o movimento “A UFRJ não está à venda”, acompanham os trâmites e vêm denunciando a forma atropelada e antidemocrática com que a reitoria da UFRJ dirige o processo, a reitoria da universidade apoia abertamente a abertura a especulação dos capitais no campus universitário. O atual projeto de concessão é apresentado como “Projeto de Valorização de Ativos Imobiliários da Praia Vermelha”, ele é, na verdade, a repaginação do “Viva UFRJ” que data de 2017, o qual sofreu ampla resistência de setores dentro da universidade que vem se mobilizando desde então, ambos são apresentados como solução para os problemas orçamentários que enfrentam as IFES. 

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O ANDES-Sindicato Nacional soma-se à crítica à entrega do patrimônio público para exploração de capitais e elaborou sobre a questão em seu plano de lutas no 39º Congresso, ocorrido em fevereiro de 2020.  O material pode ser acessado aqui.

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Apesar de todo histórico de luta que as entidades e movimentos vêm travando, em novembro deste ano, a Reitoria barrou estes movimentos de participar das instâncias de deliberação sobre a matéria. No dia 10 de novembro, diversas intervenções críticas de estudantes e servidores na sessão do CONSUNI conseguiram barrar a votação na ocasião e a sessão foi suspensa após 5 horas de duração. Sua continuidade se deu na semana seguinte, em 17 de novembro, e a comunidade universitária impedida de se fazer presente e ouvida, assim fez-se possível a aprovação do projeto.


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