A Petrobrás está reiniciando o processo de privatização de três refinarias que já haviam sofrido tentativa de privatização anteriormente. A refinarias são Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, assim como os ativos logísticos integrados a elas. As três juntas possuem 23% da capacidade de refino do país.
Inicialmente foi anunciado que os interessados teriam até o dia 15 de junho para manifestar seu interesse, porém o prazo foi prorrogado até 29 de junho pela Petrobrás, sem explicações do motivo.
O plano de desinvestimento do governo previa a venda de oito refinarias, que além das três citadas seriam a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Refinaria Gabriel Passos (Regap), da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e Lubrificantes e da Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), o que reduziria em 50% da capacidade de refino da Petrobrás, o equivalente a 1,1 milhão de barris de petróleo por dia. A RLAM já foi privatizada e outras estão em processo.
As três refinarias, Rnest, Repar e Refap, já haviam sido colocadas à venda no início de 2019. A Petrobrás chegou a formalizar os termos de venda, mas nenhuma delas foi efetivamente vendida. No caso da Rnest, ninguém apresentou proposta formal de compra. Pela Repar, a Petrobrás diz ter recebido propostas com preços abaixo do que ela considerava justo. No caso da Regap, a empresa Ultrapar chegou a ter uma proposta aceita pela Petrobrás, mas a negociação acabou sendo encerrada.