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Governo Lula anuncia suspensão do cronograma de alterações do Novo Ensino Médio; contrarreforma segue vigente para estudantes do NEM

Porém o governo, na figura de Camilo Santana (MEC), já se posicionou contrário à revogação total.

Ato no centro de Curitiba, foto por Letícia Faria, Brasil de Fato.
Por Maria Helena Vigo, redação do Universidade à Esquerda
04 de abril, 2023 Atualizado: 23:25

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na segunda (03) que irá suspender por 90 dias o calendário de implementação do Novo Ensino Médio (NEM).

A principal implicação desta medida é suspender as alterações no Exame Nacional do Ensino Médio, previstas para o ano de 2024, para adaptar a avaliação ao novo modelo de ensino. No entanto, as alterações que já foram feitas até o momento seguem vigentes. Assim, os estudantes que já estão cursando o NEM e seu currículo “flexível”, seguem neste modelo. O governo, na figura do Ministro da Educação, Camilo Santana, já se posicionou contrário à revogação total da contrarreforma.

No dia 15 de Março ocorreram diversos atos de ruas pelo país pela revogação desta contrareforma, convocados pela UBES, que também indicou o dia 19 de Abril para um novo dia de lutas pela revogação do NEM.

Ainda, a 4ª Plenária Intercongressual Professor João Felício da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) definiu o dia 26 de abril para uma Greve Nacional de Educação pela aplicação do reajuste do piso salarial inicial e na carreira para os/as profissionais da educação e pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM). 

As lutas contra o NEM vêm ganhando corpo pelo Brasil e o anúncio dessa suspensão, assim como de uma consulta avaliativa do MEC buscam conter os ânimos dos movimentos estudantis e docentes. É preciso seguir em luta e fôlego para se enfrentar com essa e outras contrarreformas aprovadas e implementadas nos governos golpistas de Temer e Bolsonaro, para recompor as condições de vida e trabalho da classe trabalhadora brasileira.

Os dias 19 e 26 de abril são duas importantes datas, que precisam ser construídas pelos sindicatos e entidades estudantis desde a base, para um enfrentamento expressivo a esta contrarreforma nefasta.

Leia também: O Novo Ensino Médio reflete a precariedade do trabalho no Brasil


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