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Opinião

O Novo Ensino Médio reflete a precariedade do trabalho no Brasil

Montagem por UàE – Fotos: Ocupação de Escola Pública em Brasília (2016), por Wilson Dias/Agência Brasil; Estudantes ocupam prédio da presidência na Avenida paulista (2016), por tuane Fernandes/Mídia Ninja; 15M em Porto Alegre (2019), por Laura Baldo/ estudantes NINJA.
Por Maria Helena Vigo, redação do Universidade à Esquerda
14 de março, 2023 Atualizado: 21:46

As críticas ao Novo Ensino Médio (NEM) pelo conjunto de pesquisadores e lutadores do campo da educação evidenciam com bastante clareza o significado desse modelo para a formação da juventude da classe trabalhadora: preparação para o trabalho simples e precário, para suportar o desemprego e modelar uma forma de ser resignada perante a degradação das condições de vida e trabalho. 

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Trata-se de um modelo que aprofunda a desigualdade entre o ensino destinado aos filhos da classe trabalhadora e aos filhos da burguesia. De forma a legitimar a intensificação da exploração da força de trabalho e do exército de reserva, entre outros ajustes que os capitalistas buscam fazer para manterem-se como classe dominante. Em última instância, um modelo que busca legitimar a máquina de moer gente dos capitais para a juventude da classe trabalhadora.