A comunidade universitária da Universidade de Brasília (UnB) encontra-se em cotidiana mobilização em luta pela nomeação da reitora eleita na consulta pública.
Na última quarta-feira (11), estudantes, docentes e técnico-administrativos realizaram um ato em frente à reitoria, exigindo a autonomia universitária e respeito ao processo democrático de escolha para o cargo mais alto da instituição.
A reitora eleita na consulta pública e no Conselho Universitário (Consuni) foi Márcia Abrahão Moura, a qual já era reitora da universidade. Faltando menos de um semana para o fim da atual gestão, Márcia ainda não foi nomeada pelo presidente da República.
Tendo em vista que Jair Bolsonaro já possui uma coleção de intervenções nas universidades públicas, a comunidade universitária da UnB teme que seja a próxima a ter sua autonomia desrespeitada.
Desde o início de seu mandato, Bolsonaro vem cerceando a autonomia das Universidades Públicas indicando para reitor aquele não eleito pela comunidade. Como foi, por exemplo, nas Universidades Federais da Fronteira Sul (UFFS), do Vale do Jequitinhonha (UFVJM), do Espírito Santo (UFES), do Ceará (UFC), do Recôncavo Baiano (UFRB), do Triângulo Mineiro (UFTM) e da Paraíba (UFPB).
No dia 6 de novembro (sexta-feira), o Consuni da UnB aprovou a instalação de “estado de mobilização permanente” pela nomeação da reitora, de forma que, caso nomeada uma outra pessoa para o cargo, a UnB prontamente responderá em exigência às medidas políticas e jurídicas cabíveis e necessárias.
A Associação dos Docentes da UNB (Adunb- Seção Sindical do ANDES-SN), o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Federais do Distrito Federal (Sintfub/DF), e a Associação de Pós-graduandos Ieda Delgado (APG), como forma de mobilização em um momento de ensino e trabalho remoto na instituição, estão organizando a campanha #NomeiaMarciaReitora, que mobiliza apoiadores nas redes sociais.