Quando dói mais o bolso do que a alma, ou a “educação” do capital
Em coautoria com Renata L. B. Flores*.
Na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas
verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais,
agradáveis ou desagradáveis, etc. A palavra está sempre carregada de
um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial. É assim que
compreendemos as palavras e somente reagimos àquelas que despertam em nós ressonâncias ideológicas ou concernentes à vida.
(Mikhail Bakhtin, 2009, p. 98-99)
Eu não vi bem-te-vi, beija-flor nem juriti, a passarada
Eu não vi jaboti, não vi coral, sucuri
[…]
Eu fui à Corumbá pra no Pantanal olhar…
Vi quase nada
(Itamar Assumpção, 1988)
Desde março do corrente ano, quando a epidemia do coronavírus se instalou no Brasil e nos fez imergir numa crise sanitária de proporções assustadoras, estamos sendo inundados por reportagens, debates e pronunciamentos acerca da necessidade imperiosa da adoção do ‘ensino’ remoto, agora em pleno andamento [1]. Anunciado como estratégia emergencial para mitigar os impactos negativos da suspensão das aulas nas escolas e universidades, o ‘ensino’ remoto vinha acompanhado de argumentos aparentemente solidários socialmente: não se poderia prejudicar os estudantes pelo não acesso ao conhecimento; não se poderia prejudicar os formandos; não se poderia arrancar dos alunos as oportunidades que os preparariam para a vida e o trabalho; não se poderia descuidar dos vulneráveis que tanto necessitariam da escolarização; não se poderia promover a evasão escolar; não se poderia obstaculizar o futuro. Essas proposições foram encabeçadas por reconhecidas organizações do empresariado, das quais destacamos o Todos Pela Educação (TPE). Em muitas de suas atividades, atuou em conjunto com o Conselho Nacional de Educação (CNE), com outras organizações fortemente vinculadas ao Estado, como o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Contou ainda com representantes do Banco Mundial (BM) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) [2].
Nesses quase seis meses de crise sanitária, o número de contaminados no país subiu assustadoramente – “com mais de 500.000 casos ativos” e “136.895 mortes oficializadas”, segundo Calil (2020) – tendo, durante semanas a fio, o número diário de óbitos registrados acima do milhar. Esses fatos não parecem fazer parte daquilo que gerou a emergência das atividades remotas e o açodamento no contato virtual com estudantes. Ressaltando os retrocessos na aprendizagem e as perdas irreparáveis nos conteúdos, tais arautos silenciavam a tragédia, ignorando as vidas ceifadas – naquele momento e hoje exponencialmente maior.
Com o prolongamento do distanciamento social, conquanto não universal, e a agudização da crise econômica, vimos brotar a pressão pela aceitação de um “novo normal”, proposição potente e de notória hegemonia, de ponta a ponta do país: shoppings, restaurantes, bares foram reabertos e a população, à revelia dos riscos e do fantasma da morte que nos assombra, foi para a rua. Ou para praias e parques embalada pelo slogan “ficar em casa é para os fracos” [3]. Retrato de uma lógica derivada da ignorância arrogante, de um negacionismo vesgo, curvada ao bolso e não às almas. Assim se inicia a propaganda da ‘volta às aulas’, exatamente quando “o Brasil registra já oficialmente 887 óbitos de crianças e adolescentes por Covid-19, e outros 1.448 registrados como SRAG-não especificada que em sua maioria certamente também são Covid-19” (CALIL, 2020).
O processo social desagregador que vivemos nos leva a interrogar a ‘educação’, remota ou não, e seu papel histórico. Tudo leva a crer que a escolarização está se tornando uma espécie de ‘palavra ao vento’, campo onde pode tudo, especialmente não ensinar, não aprender e, lamentavelmente, adoecer e morrer. O discurso em circulação desde março elide as determinações da pandemia e da premência das atividades remotas; a ‘mediação tecnológica’ desabou sobre nós sem nenhum debate consistente acerca do projeto educacional capitalista em andamento. Há que lutar contra o projeto nefasto em curso e são muitos os companheiros com quem contamos nessa batalha contra os riscos à vida que vimos enfrentando.
Exemplos do projeto histórico do capital explodem, mas tratemos do caso da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cujos documentos são sua expressão. Noticiando a mais recente publicação da Organização, Education at a Glance 2020 (OCDE, 2020) [4], e suas supostas indicações, um telejornal do país veiculou: “Se as escolas demorarem a retomar os níveis anteriores de desempenho as perdas de crescimento [econômico] podem ser ainda maiores” (REDE GLOBO, 2020). Fica explicitada a motivação essencial da sanha pela criação de uma realidade paralela à das críticas condições sanitárias apontadas por cientistas de diversas instituições [5]. O ‘novo normal’ referenda a reabertura das escolas à revelia das hipóteses de grave adoecimento e mesmo de morte. Farinelli (2020), na Revista Fórum, oferece exemplo cabal do desatino que grassa nas administrações públicas, mostrando que no estado do Espírito Santo o governo, numa espécie de plano macabro [6], propõe: “havendo óbitos de alunos ou de profissionais da escola, pode-se organizar ritos de despedida, homenagens e memoriais, formas de expressão dos sentimentos acerca da situação e em relação à pessoa que faleceu, e ainda atentar para a construção de uma rede socioafetiva para os enlutados”. Como dissemos, o bolso fala mais alto, mas vem embalado em celofane.
No documento da OCDE, não tarda a nos depararmos com o fato de que se trata do capital educador em sua ação permanente: “todo ano, governos, empresas privadas, estudantes e suas famílias tomam decisões sobre os recursos financeiros investidos em educação. Esses investimentos são realizados com a compreensão de que despesas com educação melhoram a produtividade laboral por meio do desenvolvimento das habilidades da força de trabalho […], o que tende a afetar o crescimento econômico e o desenvolvimento social” (OCDE, 2020, p. 264). Vê-se, pois, que a conformação da força de trabalho para as demandas do mercado é a escancarada meta desse projeto. Tal proposta, desenvolvida por escolas país afora – mesmo que não esteja clara –, em tempos de crise sanitária pode ser significativamente prejudicada, como a OCDE (2020, p. 231) previne: “o declínio na mobilidade internacional [leia-se imigração de estudantes altamente qualificados] […] arrisca afetar, nos próximos anos, a produtividade em avançados setores relacionados com inovação e pesquisa”. O que se abate sobre brasileiros e brasileiras é o pavor da parte de frações da burguesia em relação às consequências econômicas da pandemia sobre a escolarização; por isso o desespero em forjar uma possível ‘normalidade’ antes mesmo da pós-pandêmica.
Interessante observar a modulação do discurso dos que se esmeraram para forjar consenso em torno do ‘ensino’ remoto, garantindo transações vultosas em equipamentos e conexão, em parcerias das redes públicas com o mercado da tecnologia, agora imbuídos da construção do consenso ‘de volta às atividades presenciais’ sob a ‘nova normalidade’. Emblemática é a entrevista de Viviane Senna à Folha de S. Paulo (MATTOS, 2020), na qual não se vexou de asseverar que “está claro que a reabertura das escolas não agrava a pandemia”. Pautando-se em estudos não referenciados, a fundadora do Instituto Ayrton Senna prega a urgência da retomada das atividades presenciais por meio de uma argumentação que praticamente veicula fake news em mídia de reconhecimento social. Senna compara o Brasil a diversos países, denunciando nosso suposto atraso na retomada letiva, mas esconde completamente o fato de que, diferentemente dos citados, o platô de casos e óbitos no Brasil é ainda altíssimo em setembro. Omite que o “[…] fortalecimento de políticas públicas que criem condições concretas para a produção da saúde […]” não foi realizado a contento, condição essencial a qualquer debate sobre reabertura segundo publicação recente da Fiocruz (VALENTE, 2020). De outro lado, a pretendente a ‘educadora’ ‘esqueceu-se’ de pelo duas determinações centrais anteriores à crise sanitária: a degradação do sistema público de saúde no Brasil e o sucateamento sistemático das escolas públicas que agravaram suas condições sanitárias. Esse fenômeno não é recente e seu sentido é dado pela redução do financiamento público às políticas sociais com sua consequente oferta ao capital de novos nichos de mercado, casos da escola, saúde e previdências públicas [7].
Senna encontra na Deputada Federal Tabata Amaral (PDT-SP) a mesma razão de orgulho: esta conclama, em suas redes sociais, a retomada das atividades presenciais nas escolas, oferecendo em encontro com o Ministro da Educação sugestões para a “#VoltaÀsAulas” (AMARAL, 2020). A Veja compôs o ‘coro dos descontentes’ e ofereceu números para comprovar que ‘a maioria’ quer a volta: entrevistou as “melhores” 120 escolas particulares! Seu argumento combina com os anteriores: “cada dia que um aluno passa sem aprender estica sua defasagem de conhecimentos lá na frente, quando estiver construindo o futuro dele e do país” (VEJA, 2020). O Banco Mundial seguiu a ciranda: “em um momento em que a reformulação do sistema educacional é necessária devido à pandemia de Covid-19, o modelo educacional do Ceará pode ser um excelente modelo para todos os países que desejam reconstruir sistemas educacionais melhores do que antes, visando erradicar a pobreza de aprendizagem e fomentar o capital humano” (QUEIROZ, 2020). Trata-se, resta claro, de evitar que a crise sanitária provocada e permitida pela burguesia promova erupções entre aqueles que não erradicaram de si mesmos a ‘pobreza de aprendizagem’.
O discurso tresloucado de retomada vem sendo manejado, ademais, por Priscila Cruz – presidente do TPE – como publicado no Estadão (CRUZ, 2020): “pais e professores estão inseguros. A educação e a aprendizagem estão sendo brutalmente afetadas, um problema enorme para cada estudante, que define as oportunidades que ele vai ter na vida, e um passivo para o País. Um terceiro componente é que as escolas não deveriam reabrir enquanto a pandemia não estiver controlada. E o quarto é que as aulas remotas são muito limitadoras e com resultados insuficientes”. Ao enumerar elementos que revelariam a complexidade das decisões que governantes deveriam estar enfrentando para que as escolas reabrissem o quanto antes, Cruz (2020) não consegue esconder que, em nome da nova meta, é possível macular a anterior, dado que o uso indiscriminado da tecnologia foi garantida aos lucros do grande capital tanto na emergência da pandemia quanto após sua resolução.
A convicção de que a ‘mediação tecnológica’ chegou para ficar se estrutura sobre diferentes pontos, dos quais citamos dois. Cruz, em abril de 2020, referia-se a três momentos da pandemia: um momento emergencial, em que a adesão às atividades remotas era inescapável; um momento de transição, em que se avaliaria o processo e novas medidas poderiam ser tomadas; um momento de exame do legado da crise sanitária que nos ofereceria condições para pensarmos na incorporação das formas remotas, de modo definitivo, às formas presenciais de ensino. Esse legado se concretizaria no chamado ensino híbrido, já existente, mas não em larga escala. De outro lado, o fundador da Khan Academy [8] – Salman Khan – assinala que “[…] o aprendizado on-line não vai substituir completamente o presencial após a pandemia” (FALCÃO, 2020); leia-se: assumirá espaço mesmo quando o isolamento acabar. Modo cristalino de manutenção de um mercado providenciado, infelizmente, pela própria crise pandêmica e estratégia crucial para mercadejar educação como solução de problemas da crise do capital, pelo menos para algumas de suas frações.
A garantia oferecida aos grandes monopólios – a exemplo do Google e da Microsoft que dominam 70% do mercado público de ensino [9] – para a invasão da escola pública em todos os seus níveis custou o isolamento das poucas vozes dissonantes num mar de consentimento ativo das administrações estaduais e municipais e de Universidades públicas na adoção das atividades virtuais. Os discursos contêm uma argumentação socialmente solidária que, para além dos prejuízos pedagógicos, alude à preocupação com as perdas psicológicas e socioafetivas das crianças e adolescentes. Ressalvas para iludir incautos. Como indica Catini (2020), acerca do plano de retorno às aulas da Secretaria Estadual de Educação do Espírito Santo, “choca a franqueza desumana do comunicado”. Desumanidade presente nos mais diversos aspectos da conjuntura, nos remetendo direta e analogamente à poesia de Herony Ricken (2020): “Queimaram 2.500 espécies de árvores de toda a madeira tropical do mundo. Queimaram 80 espécies da flora amazônica ameaçada de extinção. […] Queimaram 180 espécies de animais ameaçados de extinção dos quais 124 ocorrem apenas neste bioma. Queimaram todos os passarinhos em seus ninhos. […] Queimaram tudo. Queimaram a vida. Queimaram todo o ar. Queimaram o futuro. Queimaram as chuvas. Queimaram a humanidade. Queimaram o crime de queimar. […] Queimaram para mostrar ao mundo que eles querem e vão queimar”.
Os ecos da submissão ao bolso nos levam a perguntar com Catini (2020): “[…] por que é possível tamanha brutalidade?” Não temos dúvidas de que a resposta repousa na eficiência do capital educador que conforma corpos e mentes ‘resilientes’, para usar o termo da própria OCDE. Seus interesses e necessidades sobrelevam; entretanto, nenhuma posição é absoluta dado que a luta de classes é constante e os que habitam o andar de baixo têm, entre os seus, vozes discrepantes e ação na luta. Por mais que a hegemonia burguesa nos empurre para o embrutecimento, ainda há humanidade: no Rio de Janeiro docentes das redes Estadual e Municipal de ensino, por meio do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), declararam greve “pela vida” caso o retorno ocorra. Base do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), os professores e as professoras do Colégio Militar da cidade se recusaram a assumir suas salas de aula presencialmente. O retorno às atividades teria ocorrido em 14 de setembro passado mas, pela primeira vez em 111 anos, docentes decidiram pela “greve sanitária” (RJ1, 2020) e não se apresentaram no trabalho. Também foi de greve “pela vida” a deliberação dos docentes da rede privada de Educação Básica filiados ao SinproRio, sindicato que tem protagonizado aguerrida luta jurídica para impedir que escolas reabram e pressionem seus trabalhadores a reassumir os postos de trabalho. No Paraná, em assembleia realizada pela APP-Sindicato, “professores e funcionários da rede estadual de ensino decidiram, em votação online no último 12, que não retornarão às aulas presenciais em 2020” (TRIBUNA DO PARANÁ, 2020). De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE, 2020), pelo menos Minas Gerais e São Paulo apontam tendências nessa mesma linha.
As respostas negativas à pressão para a volta às atividades presenciais, mesmo não universais, são lufadas de humanidade que reacendem chamas de esperança em outros tempos. Será que conseguiremos fazer frente ao que nos tem sido imposto e escrever uma outra história na educação brasileira? Será possível, coletivamente, formular um projeto educativo que articule os confluentes interesses da classe trabalhadora, incluindo os que se dedicam à escolarização? O caminho é difícil, mas não é impossível; não podemos abandonar as trincheiras de luta. Mais: devemos reagir vivamente às palavras mortíferas vociferadas pela burguesia que insiste em nos impingir uma escola comprometida com o bolso e de costas para as almas. Trata-se de questão crucial se quisermos alcançar uma educação para além do capital (MÉSZÁROS, 2005).
* Renata é professora do Colégio de Aplicação da UFRJ. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC. Pesquisadora do Grupo de Investigação em Política Educacional (GIPE-Marx, UFSC) e do Coletivo de Estudos em Educação e Marxismo (Colemarx, UFRJ).
[1] Usamos a expressão que se tornou corrente – ensino remoto –, embora marcando aspas por compreendermos que tais atividades não podem ser caracterizadas como tal; defendemos que se é remoto não é ensino.
[2] O ativismo desses grupos pode ser acompanhado praticamente desde o fechamento das escolas, sendo Diálogos com CNE: educação frente à pandemia (TPE, 2020a) e Regulação e gestão educacional durante a emergência de saúde pública (TPE, 2020b) exemplos que aconteceram em abril.
[3] Segundo matéria da Folha de S. Paulo, Bolsonaro afirmou, em Sorriso/SP, para “produtores rurais e apoiadores”: “Vocês não pararam durante a pandemia. Vocês não entraram na conversinha mole de ‘fica em casa’. Isso é para os fracos” […] (Soprana, 2020).
[4] Disponível apenas em inglês, as citações que fazemos do documento resultam de nossa tradução livre.
[5] São numerosas as declarações difundidas pelos mais diversos veículos de mídia da pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora clínica da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
[6] O autor se refere ao Plano de Retomada das Aulas Presenciais para a Educação Básica, da Secretaria Estadual de Educação do Espírito Santo.
[7] Conhecida como PEC da Morte, a Emenda Constitucional no 95, de 2016, representa um dos mais duros golpes contra os serviços públicos brasileiros. A alteração na Constituição de 1988 instituiu novo regime fiscal que limita o aumento das “despesas” do governo por 20 anos. De acordo com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (FENAE, 2016), “apenas para se ter uma ideia do que isso [a emenda] significa, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a saúde pode perder até R$ 743 bilhões neste período. Já a Educação pode ter perdas no Orçamento de até R$ 25,5 bilhões por ano, segundo estudo técnico da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados”. Não obstante, as medidas de austeridade não cessam e mais cortes foram realizados: de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN, 2019), o Decreto no 9.741, de 29 mar. 2019, “contingenciou R$ 29,582 bilhões do Orçamento Federal de 2019. Com isso, a Educação perdeu R$ 5,839 bilhões, cerca de 25% do previsto. Somados os cortes, as pastas da Educação, Saúde e Cidadania tiveram R$ 7,5 bilhões de verbas congeladas”. Para 2021, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevê que “[…] redução orçamentária nas universidades, institutos federais e Cefet será de R$ 1 bilhão […]” (ANDES-SN, 2020).
[8] Em seu portal na internet, a Khan Academy se vende como uma “Plataforma de Educação gratuita de alta qualidade para todos” (Khan Academy, 2020).
[9] “Educação Vigiada é uma iniciativa de acadêmicos e membros de organizações sociais que visa alertar sobre o avanço da lógica de monetização de grandes empresas intituladas pelo acrônimo GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft) sobre a educação pública brasileira”. Segundo informações da página (Educação Vigiada, 2020), “os resultados até agora elencados indicam que atualmente quase 72% das instituições públicas de ensino tem seus servidores de e-mail delegados a empresas privadas como Google e Microsoft”.
Referências
AMARAL, Tabata. (Tabataamaralsp). Twitter. “85 professores, diretores, pesquisadores, pais e alunos participaram na sexta-feira passada de uma reunião aberta comigo para falar de #VoltaÀsAULAS. Entreguei hoje ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, um ofício com as sugestões desse grupo”. 16 set. 2020, 2:28 pm. Tweet.
ANDES. Orçamento da Educação sofre corte de R$ 5,83 bilhões. 2 abr. 2019. Disponível em: <https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/orcamento-da-educacao-sofre-corte-de-r-5-83-bilhoes1>. Acesso em: 20 set. 2020.
ANDES. ANDES-SN pressiona parlamentares contra cortes no orçamento da Educação. 19 ago. 2020. Disponível em: < https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/aNDES-sN-pressiona-parlamentares-contra-cortes-no-orcamento-da-educacao1>. Acesso em: 20 set. 2020.
ASSUMPÇÃO, Itamar. Adeus Pantanal. Álbum Intercontinental! Quem diria! Era só o que faltava!!! Faixa 2, Continental, 1988.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem. 13.ed. São Paulo: Hucitec, 2009.
CALIL, Gilberto. A realidade da pandemia no Brasil entre o discurso normalizador e a realidade preocupante. EOL. Disponível em: https://esquerdaonline.com.br/2020/09/21/a-realidade-da-pandemia-no-brasil-entre-o-discurso-normalizador-e-a-realidade-preocupante/?fbclid=IwAR2jtxgPBFxj2yfXFTxUJSi5n2TRwHwt9c0zuKcdfydJNFp6vraBo-sox3M. Acesso em: 21 set. 2020.
CATINI, Carol. O brutalismo vai à escola. Blog da Boitempo. 13 set. 2020. Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/2020/09/13/o-brutalismo-vai-a-escola/>. Acesso em: 15 set. 2020.
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