Jornal socialista e independente

Cláudio Ribeiro

Cláudio Rezende Ribeiro é professor da FAU-UFRJ (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) onde atua com ensino de urbanismo, meio ambiente e história da cidade na graduação e no Programa de Pós-graduação em Urbanismo – PROURB/FAU/UFRJ. É pesquisador do Laboratório de Direito e Urbanismo e participa do coletivo PERIFAU. Foi presidente de seção sindical do Andes-SN na UFRJ, a Adufrj-ssind de 2013 a 2015, e integrou a a diretoria nacional deste sindicato de 2016 a 2018. Defende uma universidade pública, gratuita, laica, de qualidade e socialmente referenciada. Acredita que a cidade só se realiza no conflito.

Nós que lá estivemos, por vós esperávamos

A Nova República como transição conservadora

16 de outubro, 2020 Atualizado: 20:29

Arte: “Não será televisionada” – de Izabela Schaus – perfil @raw_speech  no Instagram

Outubro. Ano par. Com ou sem pandemia, toda militância da esquerda sabe o que isso significa. Mesmo que estejam cada vez mais mornas e ligeiras, as eleições movimentam ânimos, bandeiras, acirram as tretas internas, agitam cada vez mais as redes sociais com suas postagens, memes, avatares, tik tok; além do combate às fake news, o problema das manipulações de pesquisas, depois vem as derrotas, os balanços, pelo óbvio algumas vitórias ou, ao menos, importantes acúmulos que produzem protagonistas. E então a militância se reproduz e se forma e se reforma a cada dois anos.

Mas não só de eleições vive o outubro institucional. Também é o mês de celebração do aniversário da promulgação da Carta Magna brasileira, a Constituição Federal de 1988, a cidadã, a organizadora da nova república que surgiu após o fim da ditadura empresarial militar iniciada com um golpe em 1964 e encerrada, não sem muita luta e resistência, após uma anistia e uma eleição indireta.

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