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Após exoneração no MEC, Weintraub deixa o Brasil

Há questionamentos acerca da rapidez e legalidade da viagem

Por Flora Gomes, redação do Universidade à Esquerda
23 de junho, 2020 Atualizado: 20:21

Abraham Weintraub deixou o Brasil após exoneração do cargo de Ministro da Educação. As tensões entre Weintraub e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aumentaram após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de abril. A vacância foi anunciada ainda na última quinta-feira (18) mas publicada em edição extra no Diário Oficial da União (DOU) no sábado (20), após o ex-ministro haver deixado o país. Há discussão acerca da legalidade na saída do ex-ministro aos Estados Unidos. Também sua nomeação como diretor-executivo no Banco Mundial, bem como incertezas quanto à ocupação da próxima pessoa sucessora no cargo.

A demissão de Weintraub

Após 14 meses e 10 dias como Ministro da Educação, Weintraub aparece ao lado do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em vídeo que anuncia sua demissão. O ex-ministro agradece Bolsonaro e, com tom de cordialidade, ambos mantêm uma postura de aliança, encerrando o comunicado com um gesto fraterno. No anúncio, avisa que estaria deixando o Ministério para assumir cargo de diretor-executivo no conselho administrativo do Banco Mundial. 

Para assumir um cargo em um grupo como esse, a escolha precisa ser consensual entre os oito países do consórcio . Atualmente, fazem parte do grupo junto com o Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Segundo assessores de Paulo Guedes, Ministro da Economia,  Colômbia, Equador e Suriname são países que rejeitariam essa nomeação. A República Dominicana, apesar de não aprovar integralmente a cotação, estaria aberta para negociação.