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Notícia

A situação dos docentes temporários nas universidades do Paraná

Cerca de 29% dos docentes nas universidades estaduais do Paraná são contratados temporariamente

Foto UENP: Luiz Henrique Jacobucci – Edição UàE
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
09 de junho, 2021 Atualizado: 12:22

Uma das faces da precarização orçamentária nas universidades públicas é o aumento sucessivo da contratação de professores temporários e diminuição de efetivos. Esta é a situação crescente nas universidades estaduais do Paraná, a qual conta com 29% dos docentes de suas redes de ensino superior vinculados na modalidade temporária. A insegurança e o caráter efêmero do vínculo com as instituições de educação alteram a relação destes profissionais e da própria categoria docente, que é consequentemente mais fragmentada.

O Sindicato Nacional dos Docentes no Ensino Superior (ANDES) realizou diversas entrevistas com profissionais da educação do Paraná no ensino superior estadual que atualmente trabalham ou já foram contratados como professoras e professores temporários. Os relatos mostram o desgaste da rotineira intensificação do trabalho docente sem a remuneração correspondente.

Dentre as principais situações que afetam atualmente os professores temporários estão: salários mais baixos que os de concursados com cargas horárias em aula mais altas que de efetivos, atuação sem possibilidade de dedicação exclusiva, falta do fundo de garantia e insegurança na renovação dos contratos.