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Opinião

A questão do retorno presencial

A disputa pela universidade e as complexidades da universidade pós-pandêmica

Imagem de Universidade à Esquerda
Por Bela Mielczarski, redação do Universidade à Esquerda
08 de outubro, 2021 Atualizado: 22:54

Com o Brasil chegando à metade da população totalmente vacinada, o clima estudantil é tomado de ansiedade frente a perspectiva de voltar às atividades presencialmente. Mas que tipo de volta se conjectura, e que tipo de realidade é percebida por aqueles que fazem as decisões? 

A fim de perceber em que direção caminham as políticas de reforma e as mudanças nas universidades públicas, é importante analisar alguns exemplos. A Universidade Federal de São Paulo (USP) já está preparando os espaços da universidade para abrir as portas. A USP, diferente da maioria das universidades que observam suas verbas sendo restringidas sem misericórdia, obteve verbas para reforma, R$150 milhões foram investidos na infraestrutura, na reforma de salas de aula, biblioteca, laboratórios, e aquisição de equipamentos para assegurar que a volta esteja de acordo com as exigências sanitárias. E veja-se bem, o investimento também será para o “aprimoramento da infraestrutura das atividades online”. 

A USP não apenas discute o Ensino híbrido há mais de ano, como também criou conselhos deliberativos e grupos de trabalho impulsionados na incorporação do ensino remoto após o período excepcional, com as fortes palavras do vice-reitor de que a universidade dificilmente voltará a ser a mesma. E a mesma caminhada para um retorno híbrido é uma discussão central e imensamente preocupante quando se pauta o retorno das atividades das universidades de forma nacional.