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UFPel demite mais de 130 funcionários terceirizados devido aos cortes orçamentários

Imagem: Coordenação de Comunicação Social UFPel - Ato de abraço a UFPEL em defesa da Universidade, 2017
Imagem: Coordenação de Comunicação Social UFPel – Ato de abraço a UFPEL em defesa da Universidade, 2017
Por Mariana Nascimento, redação do Universidade à Esquerda
06 de setembro, 2022 Atualizado: 18:31

A reitoria da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, prevê a redução de mais de 27% de postos de trabalho de trabalhadores e trabalhadoras terceirizados. Segundo a ADUFPel a redução é de 613 para 482, uma redução de 131 trabalhadores. 

Porém, ao checar dados anteriores da ADUFPel, seção sindical vinculada ao Andes-SN, essa redução é ainda maior em comparação a anos anteriores: Em notícia veiculada pela ADUFPel em julho de 2017, informa-se que a universidade contava, naquela época, com o “contingente de cerca de 700 pessoas” trabalhando em funções terceirizadas da universidade e que o corte anunciado pela reitoria seria de 25% do total de trabalhadores. Naquele momento, os cortes seriam aplicados em todos os contratos, menos serviços gerais que já teriam sofrido um corte naquele momento. 

Os que perdem o trabalho são colocados na condição de subutilização da força de trabalho, se juntando à massa de mais de 10 milhões de desempregados ou mesmo os mais de 4 milhões de desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, no país. Em nota, no último dia 31 de agosto, a diretoria ADUFPel se solidarizou com os trabalhadores terceirizados e criticou que a saída para os cortes no orçamento das universidades seja a adoção de demissões e sobrecarga ao trabalhadores que permanecem e assumem as funções dos que saíram. 

“É preciso dialogar e enfrentar essa situação, antes que outras medidas desse tipo sejam tomadas. Não podemos nos acostumar com essa lógica de adaptação à precariedade, como se quem ainda mantém seu vínculo empregatício, tivesse a obrigação de assumir funções que não são suas, só para não deixar a “máquina” parar. Pode ser que em breve precisemos segurar velas para ministrar nossas aulas. 

Nossa solidariedade aos colegas trabalhadores/as terceirizados/as, nosso repúdio à eliminação dos postos de trabalho”.

Infelizmente essa tem sido a ação adotada pelas universidades, uma gerência da crise orçamentária. Recentemente, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) também anunciou a demissão de 50 trabalhadores na troca de contrato com a empresa fornecedora de alimentação no Restaurante Universitário por problemas com a qualidade do serviço. Porém, segundo o Centro Acadêmico de Dionísio do curso de Teatro, os problemas enfrentados não se resolvem com a troca de empresa e sim com a superação da precarização que os trabalhadores dessas empresas enfrentam nas universidades.


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