28 de julho, 2021 Atualizado: 13:09
Trabalhadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na quinta-feira (22/07) deliberaram, por unanimidade em assembleia, permanecer em greve sanitária. A greve começou em 15/07 com a paralisação dos serviços presenciais não essenciais por tempo indeterminado.
Após a deliberação de greve, já o dia 16/07, o Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora – SINTUFEJUF – e a Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora – APES – enviaram ofício às direções das unidades acadêmicas solicitando informações sobre o cumprimento de pré-requisitos para o retorno presencial, depois de 13 dias sem retorno das unidades os trabalhadores não tiveram outra opção a não ser manter a greve.
O início do semestre suplementar previsto para 05/07 previu o retorno de atividades presenciais das unidades acadêmicas de Medicina, Enfermagem, Instituo de Ciências Biológicas e Odontologia. Esse retorno é uma resposta da reitoria a pressão pela realização de atividades práticas que não podem ser feitas de forma virtual. O semestre iniciou apesar de várias denúncias de que o cronograma de preparação para segurança sanitária estava com itens negligenciados ou atrasados. A solicitação de informação das unidades deve ser refeita cobrando um retorno com prazo definido.
A greve em defesa da vida e de condições sanitárias de trabalho reivindica a suspensão do Semestre Suplementar e da tramitação da minuta sobre o ensino híbrido. A demanda é que apenas se retome após o cumprimento da janela de imunização de todos os trabalhadores, além de solicitar testagem regular e fornecimento dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Outra definição da assembleia foi a caracterização dos serviços essenciais como os de segurança, assistência à saúde e pagamento de pessoal.
A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil – FASUBRA – manifestou o apoio a greve sanitária em Juiz de Fora, visto que os trabalhadores não tem a garantia de condições para o retorno presencial. Os trabalhadores de Juiz de Fora tem seguido inclusive decisão nacional da federal que previa greve sanitária em caso de retorno presencial sem as condições de imunização completa.