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Opinião

Na Unicamp, “Future-se” está mais próximo do que imaginamos

Apresentação do projeto Future-se pelo então ministro da educação, Abraham Weintraub. Ao lado, em montagem, Tom Zé, reitor da Unicamp (2021-2024). Fotomonagem: UàE.
Por Thiago Zandoná, redação do Universidade à Esquerda
30 de abril, 2021 Atualizado: 12:45

Um dia após ser nomeado para o cargo de reitor da Unicamp para o período 2021-2024, Antonio José de Almeida Meirelles (Tom Zé) foi a um dos principais jornais do Estado de São Paulo defender uma maior aproximação da universidade com o setor empresarial. Segundo ele, a autonomia das universidades “não é conflitante com a aproximação com o mundo empresarial”.

Sua posição não é divergente daquela apresentada durante o período eleitoral que o elegeu. No programa de gestão da chapa, a candidatura defendia que a universidade deveria “buscar outras formas de financiamento à pesquisa”, como fundações, agências e empresas, pois a busca de tais alternativas contribuiria “para diminuir a nossa vulnerabilidade no financiamento da pesquisa”. “Para operacionalizar essa ação” propuseram “a criação de um escritório de buscas de oportunidades de financiamento atrelado à PRP [Pró-Reitoria de Pesquisa]”.

Nesse aspecto, a posição política de Tom Zé não se diferenciava das demais candidaturas. As três chapas defenderam abertamente uma maior penetração do setor privado na Unicamp, ainda que com particularidades na abordagem desta política.