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Opinião

Em defesa da reestatização da Eletrobras, eletricitários realizam ato em frente ao Ministério de Minas e Energia

Nossas fichas têm que ser apostadas na organização da classe, e não no Estado!

Foto: Reprodução CNE
Por Mariana Nascimento, redação do Universidade à Esquerda
16 de março, 2023 Atualizado: 23:05

Na data de ontem, quarta (15), o Coletivo Nacional do Eletricitário (CNE)  realizou uma manifestação pela reestatização da Eletrobras no Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília. Segundo divulgado pelo CNE, além de trabalhadores da própria Eletrobras, o ato contou com a presença de movimentos populares da classe trabalhadora, entidades sindicais e parlamentares.

O coletivo visa manifestar a indignação contra aqueles que participaram da privatização da empresa estatal e que foram nomeadas ao MME pelo governo de Jair Bolsonaro (2018-2022). O CNE afirma que “é inadmissível que o MME permaneça sob a gestão bolsonarista de Alexandre Silveira”, Silveira foi nomeado Ministro pelo governo Lula, e vem nomeando sujeitos que atuaram a favor da privatização. Afirmam também que reverter a privatização depende fundamentalmente da participação e mobilização social. 

Outro foco do movimento é cobrar o compromisso firmado pelo governo de Lula (2023-2027)  de recuperar a Eletrobras como patrimônio nacional. Ainda, o CNE apoia as declarações públicas do atual presidente que adjetivou a privatização como “errática, crime de lesa-pátria e bandidagem”.

A mobilização e organização dos trabalhadores é crucial para reverter retrocessos, não só do governo de Bolsonaro, mas de todos antecessores que desde a Nova República vêm atacando os brasileiros. Trabalhadores que dia após dia sentem na pele efeitos dessas políticas de privatização, de retirada de direitos, de diminuição de investimentos nas áreas essenciais e estratégicas e tantas outras violências. 

Nossas fichas, porém, têm que ser apostadas na organização da classe, mais do que em qualquer declarações de chefes de estado e no próprio Estado em si. 

Os textos de opinião são de responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, as posições do Jornal.


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