Breque dos APPs mobiliza motoboys de todo o país em luta por melhores condições de trabalho
Por José Braga, redação do Universidade à Esquerda
01 de julho, 2020 Atualizado: 21:55
Os motoboys que trabalham com aplicativo fazem uma grande paralisação por todo o país, o Breque dos APPs. Manifestações massivas, paralisações e bloqueios aconteceram nas principais cidades e também no interior. Paralisações em solidariedade também ocorrem em outros países. O breque atingiu as empresas Ifood, Rappi, Loggi, Uber Eats, James, entre outras.
Os motoboys reivindicam melhores condições de trabalho e melhores taxas de entrega paga pelos aplicativos. As principais reivindicações são: Aumento do valor por km rodado; Aumento do valor mínimo; Fim dos bloqueios indevidos; Para a Rappi: fim da pontuação e restrição de local; Seguro de roubo, acidente e vida; e Auxílio pandemia (equipamentos de proteção individual e licença).
Confira como foi a luta dos motoboys na paralisação histórica da categoria:
Enquanto fechamos a edição de hoje a paralisação continua. Os motoboys param também as entregas da noite. Na cidade de São Paulo bloqueios aconteceram nesta noite. Os motoboys registraram breques nos bairros do Morumbi, Mooca, Mauá e também no ABC.
Na cidade de São Paulo os motoboys realizaram diversos bloqueios, atos e manifestações ao longo do dia. Um ato massivo se concentrou na Av. Paulista e passou por pontos importantes da cidade. Veja o registros dos do ato dos motoboys na Av. Consoloção:
Em Belo Horizonte os entregadores também realizaram atos. Em frente a Assembleia Legislativa do estado de Mina Gerais foi registrado o grito dos motoboys: “Trabalhador unido jamais será vencido; Motoboy unido jamais será vencido”
Fotos do ato em Belo Horizonte por @maxuell_vilela
A luta dos entregadores também parou a cidade de Recife. Os relatos dão conta que o ato tomou a Av. Governador Agamenon Magalhães e depois ao passar pelo Hospital da Restauração os motoboys “desligaram suas motos e caminharam em silêncio, em respeito aos infectados pelo coronavírus”. Fotos por Pedro Caldas:
Brasília registrou também ato dos entregadores. Informações dão conta que centenas de motos e bikes realizaram uma manifestação pela cidade. (Imagens: @zumpanoa_ @imatheusalves @webertdacruz ; Leo Milano; Sorriso)
Goiânia também viu os motoboys tomarem as ruas.
Atos também ocorreram em Belém, São Luís e Natal. Em Natal recebemos informações de que a polícia militar reprimiu os entregadores em frente a um shopping da cidade. Registros de Belém e São Luís (Esquerda OnLine):
Belém
São Luís
Em Florianópolis e em São José (SC) e Palhoça (SC) também ocorreram atos. Os entregadores paralisaram e foram em ato a shoppings da região. Em Santa Catarina também ocorreram atos em Blumenau. Confira a cobertura de SC pelo jornal UFSC à Esquerda.
Bloqueios: além dos atos e manifestações, os bloqueios foi uma tática importante na paralisação. Os bloqueios ajudaram trabalhadores que estavam ameaçados pelos patrões, bem como impediram que outros trabalhadores furassem o movimento.
Os bloqueios ocorreram em diversas cidades. Em São Paulo, em Campinas (SP), Aracaju e Belo Horizonte. Os bloqueios em lojas do Mac Donald’s foram simbólicos e também importantes, já que essa é uma franquia que concentra grande número de pedidos nos aplicativos. Lojas da rede foram fechadas em Niterói e em Porto Alegre:
Os atos foram importantíssimos: “O futuro é da classe trabalhadora unida”. Declarou o entregador Paulo Galo.