Cobertura: 2º Breque Nacional dos Entregadores de Apps
Paralisação nacional dos entregadores luta contra exploração brutal das grandes empresas
Manifestação dos entregadores no 1º Breque dos Apps. São Paulo/SP. Foto: Annelize Tozzeto
Por José Braga, redação do Universidade à Esquerda
25 de julho, 2020 Atualizado: 11:59
O 2º Breque dos Apps está acontecendo. A paralisação nacional dos entregadores de aplicativos atinge grandes cidades do país em sua luta contra a brutal exploração que sofrem pelas mãos das grandes empresas. A paralisação irá atingir as gigantes Rappi, Loggi, Ifood, UberEats e James.
O breque dá continuidade ao grande movimento do dia 01/07, a primeira paralisação nacional dos motoboys. Os entregadores reivindicam: aumento da taxa por quilometro rodado; aumento da taxa mínima por entrega; o fim dos bloqueios injustos de entregadores pelos apps; que as empresas providenciem seguro para roubo, acidentes e vida; a distribuição de equipamentos de proteção individual para a pandemia e licença saúde paga; o fim do sistema de pontos e restrição de locais de entrega pela empresa Rappi.
A paralisação parece estar mais forte na grande São Paulo, nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói.
Em São Paulo, os entregadores brecaram o galpão da Loggi em Santo Amaro. Com isso impedem a entrega de encomendas vindas do galpão, dando força a paralisação.
Também há paralisação dos motoboys no shopping center 3, com tentativa de impedir a saída de pedidos. Também em São Paulo, os trabalhadores procuram paralisar as entregas nos shoppings center norte e morumbi, chamando os entregadores que não pararam a se somarem na luta. Em São Bernardo-SP, os entregadores se reúnem em frente ao no shopping sbc plaza.
Registros dos atos para parar as entregas em galpões e shoppings em SP
Os breques nos galpões e saídas de shopping, bem como em lojas de rede de fast food, tem sido uma ação importante. Elas concentram um maio número de entregadores e também de encomendas e pedidos. Com isso os grevistas podem entrar em contato com um maior número de entregadores, conversar com aqueles que não aderiram a greve. E também afetar um maior número de entregas, causando uma maior pressão as empresas.
A tarde os entregadores que estavam realizando os breques em diferentes locais da cidade de São Paulo se reuniram no Pacaembu e saíram em ato por grandes avenidas da cidade. Ao fim do ato retornaram um grande número de entregadores se dirigiu ao shopping Morumbi para parar as entregas na janta.
Registro do ato dos entregadores na cidade de São Paulo em 25/07
Na cidade do Rio de Janeiro, os entregadores se concentraram na Candelária. E em Niterói-RJ, os motoboys se encontraram nas barcas. Os entregadores das duas cidades se juntaram na Calendária no período da tarde e seguem para Niterói onde se concentram na Rua Miguel de Frias para paralisar as entregas da noite.
Breque no Rio de Janeiro
Breque no Rio de Janeiro
Em Brasília, os entregadores realizaram um ato que saiu da torre de TV em direção ao Congresso Nacional. Em Porto Alegre os entregadores se concentram em frente a loja do Mac Donalds, na 24 de outubro.
Breque em Brasília
Breque em Porto Alegre
Ato dos entregadores em Brasília
Em Recife concentração na antiga fábrica Tacaruna e está saiu em ato pela cidade. A Polícia Militar tentou constranger os entregadores, anotando as placas das motos e ameaçando multá-los.
Entregadores também realizaram um ato em Vitória-ES. Em Natal-RN, os motoboys paralisados se encontraram na frente do shopping midwall. Estão paralisando as atividades também em Belo Horizonte, Juiz de Fora-MG, Florianópolis-SC e Curitiba-PR.
Em Camaçari-BA, dezenas de entregadores paralisaram e se reúnem na praça Montenegro. E em Rio Branco-AC, motoboys também pararam e realizaram um ato pela cidade.
