3J – Atos pelo Fora Bolsonaro tem grande presença nacional!
Atos foram fortes e trabalhadores marcaram presença por todos os cantos do Brasil
Por José Braga, redação do Universidade à Esquerda
03 de julho, 2021 Atualizado: 22:33
Os atos pelo Fora Bolsonaro de hoje, 03/07, foram marcantes! Nas capitais e nas grandes cidades os atos foram grandes e contaram com dezenas de milhares de trabalhadores. Mas, foi também bastante significativa às manifestações em cidades pequenas e médias, fora dos grandes eixos urbanos do país. O grito por Fora Bolsonaro ecoou em todos os cantos do Brasil.
No Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Natal (RN), Vitória (ES), dentre outras capitais e grande centros urbanos, os ato foram massivos. E em geral foi registrado um crescimento em relação aos atos anteriores. Mas, os trabalhadores também demonstraram muita disposição de luta em outras cidades como Caxias do Sul (RS), Patrocínio (MG), Maringá (PR), Imperatriz (MA), Ponto Novo (BA), e em muitas mais. Foram mais de 300 cidades com atos, e centenas de milhares de trabalhadores nas ruas em todo país. Confira abaixo a galeria de fotos com registros de atos em diversas cidades!
Há muita indignação entre os trabalhadores com o caso de corrupção na compra de vacinas que vem sendo revelado pela CPI. Fica cada vez mais evidentes que a demora e a desorganização na vacinação ocorreram para que a corja bolsonarista no aparelho de Estado pudesse se colocar dinheiro público nos próprios bolsos. O caso de corrupção tem implicado Bolsonaro, o esgoto do centrão na Câmara dos deputados e se aproxima das forças armadas que compõem o governo. Muita dor e raiva atravessam os brasileiros que perderam familiares e amigos para que milicos, deputados e o governo pudessem desviar dinheiro público.
Por isso nas ruas se ouvia forte o Fora Bolsonaro, Mourão e os sua trupe de pilantras – seus assessores da extrema-direita racista, os cerca de 6 mil militares nos cargos de governo e o centrão no congresso! Os trabalhadores sabem que todos aqueles que formam corpo do bolsonarismo no aparelho de Estado (e fora dele) também têm as mãos sujas de sangue.
Em Maringá (PR), a manifestação passou pelo escritório de Ricardo Barros (PP), líder do governo na Câmara dos Deputados, para marcar sua particiapção no genocídio. Em várias cidades a participação das forças armadas no governo Bolsonaro e os seus generais de plantão – Mourão, Pazuello, dentre outros – foi duramente criticada pelos manifestantes. O corpo do bolsonarismo é responsável pelo genocídio de nosso povo pela sua incapacidade de resposta à pandemia de COVID-19, mas também na aplicação das contra-reformas e políticas de arrocho sobre a vida dos trabalhadores.
A alta dos preços (dos alimentos, dos aluguéis, dos combustíveis), a corrosão dos salários, o desemprego, são parte da política econômica da burguesia nesse momento. A deterioração das condições de vida da nossa classe está na agenda dos capitais – que se arvoram por submeter os trabalhadores a exploração ainda mais dura, a se apropriar de parcelas cada vez maiores do fundo público, de se apropriar do patrimônio nacional. E por isso, também está na ordem do dia das manifestações a luta contra a reforma administrativa que tem efeitos sérios não apenas para os servidores públicos, mas para o conjunto da classe trabalhadora. E também às privatizações, principalmente das empresas estratégicas, como a Petrobras, Eletrobras, os Correios.
Também foi importante nos atos a participação dos estudantes na luta pela Universidade. Em Curitiba (PR), o ato se concentrou em frente à UFPR, universidade que foi duramente atacada pelo bolsonarismo nas eleições de 2018. Em Florianópolis (SC), estudantes se colocaram na luta contra o Reuni Digital.
Os atos de hoje dão fôlego à luta pelo Fora Bolsonaro que vem dos atos de 29/05 e 19/06. E são significativos, afinal nossa classe se enfrenta com Bolsonaro e o bolsonarismo e também com um setor golpista da classe dominante – que sonha com um golpe que permita apertar ainda mais os trabalhadores, devastar o fundo público, e não deixar pedra sobre pedra em nosso país (seja com Bolsonaro ou com outro sujeito menos imbecil à frente). E precisamos construir o caminho para derrotá-los, mas também para nós traçarmos o enfrentamento e derrotar o conjunto da política dos capitais – com as reformas, às privatizações, o arrocho que desejam – sabendo que no caminho da conciliação (que tem Lula à frente) nós seremos os derrotados.