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Variante mais transmissível do Covid-19 em 6 estados do país

Montagem UàE.
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
05 de março, 2021 Atualizado: 16:55

Vivemos em uma crise sanitária cada vez mais caótica, com hospitais públicos e privados em colapso e com número de mortes diárias que não param de subir e bater recordes. Com as novas mutações do vírus Covid-19, as previsões são ainda mais alarmantes, elevando ainda mais o ritmo de transmissão.

Já são 43 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 7 dias acima de 1,1 mil, e pelo quinto dia a marca aparece acima de 1,2 mil. Nesta quarta-feira (03/03), foram registradas 1,8 mil mortes num dia – o maior número desde o início da pandemia.

Em mais da metade dos estados brasileiros, a ocupação de leitos de UTI supera 80%. Atualmente o Brasil já possui mais de 259 mil óbitos causados pelo vírus.

Além do descaso com a prevenção do vírus, decorrente da falta planejamento do governo em promover medidas como amplas testagens em massa, parcas medidas restritivas e com o ritmo lento de vacinação, não podemos perder de vista neste debate, como apontou Lalo Minto em sua coluna aqui no UàE publicada nesta terça-feira (02/03), a dimensão da reprodução sistemática da dependência, o que faz com que países como o Brasil se mantenha em sua condição dependente, sem autonomia no setor. O autor aborda aspectos desse processo de sucateamento da capacidade produtiva do país, articulada com o processo de reestruturação da economia brasileira das últimas décadas e seu forte acento desindustrializante, além do desmonte/precarização das instituições públicas de pesquisa e produção científica.

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Um dos fatores alarmantes em relação ao contágio é o fato do surgimento de novas cepas que se espalham pelo país, que é um terreno fértil para a propagação e aparecimento das mutações virais por conta da vacinação lenta e contato entre vacinados e variantes.