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Opinião

UNIESP S.A – Demissão de professores em greve, descumprimento das obrigações trabalhistas e desrespeito à legislação educacional: é mais do mesmo na história da empresa

Presidente do Sinpro Guarulhos discute as ilegalidades trabalhistas cometidas pelo grupo Uniesp

Estudantes da Uniesp se acorrentam contra fraude no FIES. Foto: Reprodução.
08 de julho, 2021 20:41
  1. Histórico de Irregularidades e o cenário que levou à greve dos professores

A Uniesp,  empresa do ramo educacional,  é notícia frequente: já foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e da Polícia Federal por conta do programa “Uniesp Paga”, por meio do qual prometia aos estudantes se responsabilizar pela quitação do financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES)¹. Cobrava mensalidades questionáveis para alunos beneficiados pelo programa de financiamento estudantil com vistas a receber vultosos repasses do governo. Seu presidente, José Fernando Pinto da Costa, foi preso, assim como outros dirigentes da instituição, por fraudes no FIES, validação de diplomas e venda de vagas². 

Além dos problemas por fraudar o FIES, acumulam-se problemas trabalhistas. Na Uniesp os salários dos professores estão congelados desde 2017, os professores não receberam férias, os atrasos de salários são recorrentes e a falta de pagamento de FGTS são exemplos de violações aos direitos trabalhistas conhecidos por todos os docentes empregados pelo grupo. Por outro lado, péssimas e perigosas condições de trabalho, especialmente nos cursos de saúde, também compõem o relato de professores e professoras. 

É diante deste acúmulo, que greves estão sendo deflagradas em diferentes unidades do grupo e em diferentes regiões do estado, é o caso de Santa Bárbara D`Oeste, Ribeirão Preto e de Guarulhos que motiva este relato e esta denúncia. Algumas unidades simplesmente fecharam do dia para noite. Docentes da FAG – Faculdade de Guarulhos, unidade do grupo Uniesp S. A., iniciaram um movimento de reivindicação pelo cumprimento de seus direitos e também por condições de trabalho. Organizaram reuniões e assembleias  para debater a situação com o Sindicato dos Professores e Professoras de Guarulhos – Sinpro Guarulhos.