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Opinião

Unicamp: Lurdes e Edvânia, mortas pela Covid e pela precarização

Terceirizadas morreram por complicações da Covid-19. Estudantes mobilizam vaquinha e abaixo-assinado

Terceirizadas da Unicamp morrem em decorrência da Covid. À direita, Edvânia Oliveira e à esquerda, Lurdes. Fotomontagem UàE.
Por Luiz Costa, redação do Universidade à Esquerda
30 de março, 2021 Atualizado: 21:21

No dia 7 de março de 2021, Lurdes, ex-funcionária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), morreu por complicações da Covid-19. Anos atrás, ela havia adquirido problemas respiratórios quando trabalhava no Restaurante Universitário (RU) da instituição. Dois dias depois, no dia 9, Edvânia Oliveira, copeira do RU, faleceu também em decorrência do coronavírus. No seu local de trabalho, pelo menos outros três funcionários testaram positivo para a doença.

Lurdes foi trabalhadora terceirizada da Unicamp até ser demitida, no começo da pandemia. Ela trabalhou no Restaurante Universitário, onde adquiriu problemas respiratórios segundo denunciam antigos colegas de trabalho. A Funcamp (Fundação de Desenvolvimento da Unicamp), que administra os trabalhos terceirizados da instituição, chegou a transferir Lurdes para a creche, onde trabalhou nos últimos anos.