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Trabalhadores da Embraer estão em greve há 8 dias contra demissões

A empresa negou a proposta do sindicato que pautava redução do teto salarial para garantir empregos

Trabalhadores da Embraer em Assembleia – Rosevelt Cassio/Sindmetalsjc
Por Flora Gomes, redação do Universidade à Esquerda
11 de setembro, 2020 Atualizado: 16:19

As demissões em massa realizadas pela Embraer, empresa transnacional de fabricação de aviões, peças aeroespaciais e serviços, motivaram o anúncio de greve pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Sindmetalsjc). No dia 3 de setembro, a companhia comunicou o desligamento de 900 funcionários, o que corresponde a 4,5 % do total de empregados da empresa. A estes, somam-se outros 1600 trabalhadores, que foram pressionados a assinar o Programa de Demissão Voluntária (PDV). No total são 2500 empregados demitidos. Na terça-feira (8) ocorreu uma audiência em que não foi possível chegar a um acordo. 

Os trabalhadores da Embraer estão sendo fortemente afetados pelos efeitos da crise econômica. Com a redução das atividades da empresa durante a pandemia, estão sendo demitidos ou forçados a assinarem PDVs. Segundo o Sindmetalsjc, diversos trabalhadores denunciaram que gestores da Embraer pressionam os funcionários que estavam em licença remunerada para aderirem ao PDV.