A ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) disponíveis para o tratamento da Covid-19 subiu expressivamente nas últimas semanas em Florianópolis. No dia oito de julho, 94,61% dos leitos estavam ocupados, restando apenas 31 vagas de UTI para pacientes infectados em toda a capital. No total são 162 pacientes internados.
A falta de leitos não atingiu apenas os hospitais públicos, mas também os hospitais privados. O SOS Cárdio e o Hospital de Caridade informaram no final de semana que estão com todos os leitos disponíveis para pacientes infectados pelo Covid-19 ocupados; e o hospital Baía Sul relatou que está com 14 dos seus 15 leitos de UTI para Covid-19 ocupados.
Florianópolis tem 2.449 casos confirmados do novo coronavírus e 26 mortes registradas. Não só a capital, mas todo o estado de Santa Catarina começa a enfrentar o aumento da ocupação dos hospitais, em consequência do crescimento do número de casos, que passou de 11,2 mil para 33,8 mil no último mês.
Outras 12 capitais do Brasil, além de Florianópolis, estão com mais de 80% dos leitos de UTI para tratamento da Covid-19 ocupados. Segundo dados das redes estaduais do dia 29 de junho, em Natal, capital do Rio Grande do Norte, a ocupação chegou a 100%; Rio Branco, capital do Acre, estava com 95% dos leitos ocupados; Maceió, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Boa Vista, São Luís e Teresina estavam com a taxa de ocupação maior que 80%.
O relaxamento das regras de isolamento e a reabertura gradual das atividades econômicas contribuiu para o aumento contínuo de casos nestas cidades. Frente ao colapso dos sistemas de saúde, algumas capitais estão recuando nas medidas de flexibilização, o caso de Belo Horizonte e Curitiba.
Em Florianópolis, a Prefeitura entende o momento como de “Alto Risco”, onde a maioria das atividades econômicas estão funcionando, mas com regras de limitação. Este seria um estágio anterior ao “Altíssimo Risco”, onde todas as atividades não essenciais estariam todas fechadas. Em abril, serviços não essenciais como bares, academias e shoppings tinham retornado com limitação e o transporte público foi autorizado em junho. No dia 24 de junho, novas restrições foram decretadas, como o fechamento dos shoppings e academias e proibição do acesso à praias.