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Seca afeta transporte na hidrovia Tietê-Paraná

Edição UàE a partir da foto de Isac Nóbrega/Fotos Públicas.
Por Morgana Martins, redação do Universidade à Esquerda
12 de agosto, 2021 17:10

Um dos principais meios de escoamento da produção agrícola dos estados da região centro-oeste e sudeste do país  foi afetado em razão da seca sobre a bacia do rio Paraná. No posto de Pederneiras (SP), 80% das barcaças estão paradas e as que estão operando precisam reduzir a carga para passar pela hidrovia Tietê-Paraná. 

O ponto de risco é o trecho de Nova Avanhandava, principal gargalo da rota, localizado no rio Tietê, o qual está com águas mais baixas, com apenas 2,20 metros de profundidade, o nível mínimo para passagem. 

Desde junho, quando começou o período da seca, cerca de 30 embarcações estão paradas. Já naquele mês, o Ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, havia dito que a hidrovia poderia ter o movimento interrompido em função da necessidade de reserva de recursos hídricos para a geração de energia elétrica.

A região passa pela pior seca em 91 anos e é também local de fundamental importância para o setor elétrico, os reservatórios de suas hidrelétricas concentram dois terços da capacidade de armazenamento de energia do sistema elétrico do sudeste e centro-oeste.

Leia mais em País enfrenta maior crise hídrica e energética em 91 anos

A hidrovia Tietê-Paraná tem 2,4 mil quilômetros de extensão, ligando o porto de São SImão, em Goiás, ao Porto Intermodal de Pederneiras, no Centro-Oeste Paulista. Do Porto, os produtos seguem de trem até o porto de Santos. 


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