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Recesso das editorias diárias do UàE

Editorias entram em recesso em janeiro, mas UàE continua atividades

Recesso dos editores do UàE
Imagem: Transporte de Café, Cândido Portiniari, 1956
Por José Braga, redação do Universidade à Esquerda
31 de dezembro, 2021 Atualizado: 17:30

Informamos aos leitores que nossos editores diários realizam um breve período de recesso. Fazemos uma breve pausa nas editorias diárias com o objetivo de recuperar as energias para acompanhar e contribuir nas jornadas de lutas vindouras. 

No entanto, nosso jornal não parará por completo. Nossos jornalistas seguem acompanhando questões centrais da conjuntura brasileira. Também seguimos publicando e divulgando as colunas e o programa Prelúdio!

Assista: Maria Lúcia Fattorelli | Reforma Administrativa e a crise | Prelúdio #7 – Segunda temporada

A brutalidade do capital para se recuperar da crise tem devastado a economia nacional, por um lado dando novo fôlego ao ciclo de privatizações de empresas estratégicas e do patrimônio público, por outro achatando o valor da força de trabalho – com desemprego massivo, redução salarial, aumento do custo de vida, destruição de direitos. O conjunto de ataques é vasto e tem encontrado do lado dos trabalhadores muita luta e resistência. Mas, há muito a avançar para podermos derrotar a investida burguesa.

E se temos que nos enfrentar diretamente na trincheira da luta política contra a classe dominante, temos que também nos ver com seus efeitos e com aqueles que expressam sua política no interior de nossos movimentos. O individualismo e o liberalismo concorrem para capturar a juventude. Nós precisamos combatê-los juntos para que a luta dos trabalhadores seja cada vez mais forte e decidida.

Afinal, os enfrentamentos que temos pela frente continuarão sendo duríssimos. Está cada vez mais evidente a necessidade da revogação da Emenda Constitucional nº95 (do teto de gastos), que compromete a economia do país ao submeter o fundo público; a importância da luta contra as privatizações; contra o achatamento dos salários e das condições de trabalho; contra a reforma administrativa; a luta contra os hibridismos, às privatizações e contra os efeitos de sucessivos cortes orçamentários na universidades. 

O cenário do próximo ano é adverso, e o fato de que venha sendo assim ano a ano não pode dar lugar a desânimo ou conformismo. As forças de nossos inimigos são maiores que as nossas hoje, mas eles não podem produzir nada senão à barbárie. Transformá-la é um dever que temos, com todos lutaram antes de nós e com os que virão depois. E nesse momento em especial, também com todos os mais de 600 mil brasileiros que faleceram no genocídio que foi a ação do governo federal frente a pandemia no Brasil. Nós não guardamos qualquer otimismo, mas uma confiança de que nossa classe é capaz de colocar em movimento grandes forças. Desejamos a todos os leitores um grande ano!


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