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Opinião

Quem quer o Novo Ensino Médio?

A nova reforma e seu compromisso com uma precarização ainda maior para a formação de nível médio

Ocupação em Colégio de Samambaia em ato contra a reforma do ensino médio, a escola tem 1,7 mil alunos e a aula foi cancelada em 2016 Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
11 de agosto, 2021 Atualizado: 16:43

A chamada reforma do Novo Ensino Médio promovida por empresários e seus representantes políticos como “mais atraente para o aluno nessa etapa de aprendizado” com ares de “necessidade de inovação” é alarmante por uma série de questões que serão expostas ao longo deste texto. Isto se deve pois estas mudanças consolidam uma precarização ainda maior para a formação de nível médio, principalmente nos setores mais pobres da população que são obrigados a escolher entre “itinerários formativos” e ter sua educação reduzida às necessidades do mercado de trabalho. Além disso, há uma completa descaracterização do trabalho docente com a implementação do notório saber.

Após sua aprovação em 2017, o Ministério da Educação divulgou prazos definidos com a publicação do Cronograma Nacional de implementação do Novo Ensino Médio feita em 14 de julho por meio da Portaria MEC nº 521/2021. Este cronograma orienta as unidades da federação quanto aos procedimentos e prazos que deverão ser cumpridos, as oferta dos itinerários formativos e no processo de execução de seus currículos, alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que orienta desde 2018 os currículos dos sistemas e redes de ensino dos estados e propostas pedagógicas de escolas públicas e privadas em todo o Brasil.