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Professores SP: Greve sanitária pela vida e pela saúde

Professores do estado de São Pulo em greve sanitária pela vida e contra aulas presenciais

Imagem: Banner “não ao retorno às aulas presenciais. Apeosp.
Por Leila Regina, redação do Universidade à Esquerda
10 de fevereiro, 2021 Atualizado: 20:33

Entre as redes de ensino que tem deliberado por greves diante das determinações governamentais pelo retorno ao ensino presencial, está a rede de educação do estado de São Paulo. A definição de retorno das atividades presenciais no estado foi nesta segunda feira, dia 08/02. O governo do estado definiu um retorno com sistema de rodízio, prevendo até 35% dos estudantes. Apesar desse limite em vigor no início do atendimento, já há uma possibilidade aberta, seguindo mudanças na classificação de riscos para fase amarela, que permitirá chegar a 70% dos estudantes.

Os professores da rede estadual, em assembleia do principal sindicato da categoria, APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), deliberaram por aderir a “greve sanitária pela vida e contra aulas presenciais”. O sindicato está fazendo também campanha para que as famílias não levem seus filhos à escola e coletando relatos sobre as situações de infecção por COVID-19 e sobre as condições precárias das escolas seguir os protocolos de saúde.

No primeiro dia de greve o sindicato divulgou uma estimativa de adesão de 15% dos professores do estado, isso excluindo aqueles que já estavam em trabalho remoto por conta de serem do grupo de risco. A avaliação é que este era um primeiro dia de organização e que essa adesão deve crescer. O sindicato também indica em seu informativo que houve assédio moral e pressão por parte do Secretario de Educação, Rossiele Soares, e do governador, João Dória. A gestão do governo estadual tem indicado que cortará o ponto dos grevistas.