Jornal socialista e independente

Opinião

Precariado docente e a outra face do “ensino presencial puro não vai mais existir”

Montagem UàE. Foto: Divulgação Ministério da Ciência, Tecnologia e Educação
16 de abril, 2021 Atualizado: 11:33

No último dia 26 de março, Jânio Diniz, CEO da Ser Educacional, uma das maiores empresas de ensino superior do país, afirmou que a Ser não terá mais cursos 100% presencial[1]. Em 1º de abril, ainda repercutindo os resultados financeiros do quarto trimestre de 2020, o CEO considerou que o ensino presencial puro não vai mais existir. Vai ser híbrido ou digital[2], esse seria, portanto, o legado da pandemia para o setor privado de ensino. Legado este que, diferente da indignação que toma milhares de brasileiros pelas mortes resultantes da covid-19, da negligência, da incompetência e da grave crise econômica e social que estamos enfrentando, explora os danosos resultados desta experiência dramática e faz valer o ditado corrente entre mercadores do quer que seja: enquanto uns choram outros vendem lenços. Haja lenços!

A educação, tanto quanto outros setores, foi impactada pela crise sanitária e a necessidade de distanciamento social que suspendeu aulas e atividades presenciais, elevando o consumo e o uso de plataformas, produtos e serviços digitais para o setor educacional.