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Opinião

Por que o combustível está tão caro?

A alta no preço dos combustíveis e a política de preços da Petrobras

Imagem: Registro realizado em 16 de setembro de 2021. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.
Por Maria Alice de Carvalho, redação do Universidade à Esquerda
16 de novembro, 2021 15:47

O preço dos combustíveis registrou na semana passada o seu quinto aumento consecutivo. Segundo a Agência Nacional dos Petroleiros (ANP), o preço médio do litro da gasolina passou de R$6,562 para R$6,710, apresentando uma alta de 2,25%. 

Quanto ao Diesel, entre as últimas semanas o preço médio do litro subiu em 2,45%, indo de R$5,211 para R$5,339. Foi a sexta semana consecutiva de aumento do diesel que, desde janeiro, já acumula uma alta de 48,05%. Já o gás de cozinha (GLP) teve aumento de 0,43%, com o preço indo de R$102,04 para R$102,48. A alta acumulada desde janeiro é de 37%.

O aumento exorbitante do preço dos combustíveis tem sido tema relevante e cotidiano na vida dos brasileiros já desde o ano de 2020, mas se agrava agora em 2021. Em sua coluna para o jornal  Universidade à Esquerda, em janeiro deste ano, Allan Kenji discorreu sobre o tema buscando desmistificar os fatores envolvidos na alta dos preços dos combustíveis, sua relação com a dependência brasileira e seus desdobramentos conjunturais.

O preço dos combustíveis tem impactado diretamente no cenário trágico em que a população brasileira se encontra. Sente-se seus impactos na busca por formas cada vez mais degradantes para sobreviver, como o uso perigoso de  álcool para cozinhar e o rebaixamento alimentar — levando famílias a mendigarem por ossos e restos de comida. Além de afetar diretamente no preço dos carburantes, o preço inflacionado destes implica diretamente no preço de produtos como os alimentares.  

O aumento do preço dos combustíveis, dessa forma, não afeta apenas aqueles que trabalham com transportes ou que possuem automóvel próprio e sentem de forma mais direta o preço da gasolina e do diesel no seu bolso. Como aponta Kenji,