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Pandora Papers e o vazamento das empresas offshore

Enquanto uns comem osso, outros abocanham mais de R$14 mil por dia desde o início de seu governo

Foto: Scarlett Rocha/ reprodução Esquerda Online
Por Martim Campos, redação do Universidade à Esquerda
11 de outubro, 2021 Atualizado: 18:41

Em um dos maiores vazamentos de documentos financeiros organizados pelo Pandora Papers1, detalhes sobre o mundo oculto das finanças offshore foram expostos, com os nomes revelados de líderes mundiais, políticos e bilionários enfrentando acusações de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão e elisão fiscal global (busca por formas lícitas para a redução do ônus tributário). Escancara ainda como pessoas ricas tem conseguido criar legalmente empresas para esconder seu patrimônio.

As empresas offshores são mecanismos pelos quais os capitalistas se utilizam para evitar a tributação, ou seja, o pagamento de impostos, sobre as remessas de dinheiro investidas nessas empresas. A razão se dá por serem abertas em países chamados de paraísos fiscais, que surgem desde a década de 1980. Possuem uma legislação tributária praticamente inexistente e garantem sigilo quase absoluto sobre o funcionamento das empresas com pouquíssima fiscalização. São destacadas as ações de dois grandes atores, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)2 e os Estados Unidos.

Os investimentos nos paraísos fiscais, além de estarem protegidos contra o risco de confiscos por parte de governos, são um prato cheio para esconder lavagem de dinheiro e outras práticas criminosas.