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Os capitais e o fundo público no contexto de crise

Terceiro episódio do Prelúdio entrevista professora e militante Sara Granemann

Ilustração para divulgação do Programa prelúdio nº 3 com Sara Granemann – Universidade à Esquerda
Por Flora Gomes, redação do Universidade à Esquerda
28 de setembro, 2020 Atualizado: 18:36

Sara Granemann é professora de Economia Política na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem cumprido um papel importante nos debates sobre o Estado ao tratar da transferência de fundo público como forma de solução da crise do capital. No terceiro episódio do Prelúdio, a entrevistada aborda as particularidades do cenário brasileiro no tocante à economia, política e pandemia. 

Segundo a entrevistada, a crise não é uma circunstância exclusiva ao Brasil, mas geral aos demais países. Entretanto, a solução temporária das contradições é particular e possui relação com a formação social de cada nação. A professora também destaca que a gravidade do momento enfrentado não foi determinada pela pandemia. 

Ao menos desde 2007/2008, há um cenário de forte abalo no modelo de reprodução do capital, ainda que daquela época até os dias de hoje tenham ocorrido momentos de breve crescimento e estabilidade. Entretanto, com relação àquele período, o que estamos atravessando é de maior gravidade. Ainda que a eleição de 2018 tenha demonstrado um maior agravamento das condições, há determinantes importantes da crise tanto nos ciclos petistas quanto no processo de impedimento no ano de 2016.