Opinião, Outros
Solidariedade aos militantes da UDESC: Reitoria abre sindicância e busca criminalizar manifestações do dia 14 de junho
Apenas cinco dias após as grandes manifestações nacionais de 14 de junho contra a reforma da previdência, no dia 19 de junho, a reitoria da UDESC solicitou a abertura de sindicância à Procuradoria Geral do Estado (PGE-SC) para “apurar os responsáveis” pelas manifestações ocorridas no campus localizado no bairro Santa Mônica em Florianópolis.
A atitude da reitoria é um evidente posicionamento ao lado do governo do estado e do governo federal, ambos do PSL, e suas medidas de ataque à classe no galopante desmonte da previdência, bem como ataque ao direito de manifestação e autonomia dos movimentos. Uma tentativa de intimidação daqueles e daquelas que lutam.
Desperta-se nesse fato um sinal de alerta para todos nós: a urgente necessidade de se solidarizar com o movimento universitário da UDESC. Não pode haver silêncio entre nós quando tentam criminalizar os movimentos e os militantes que os compõe.
O tempo presente indica a necessidade e a tendência do acirramento, da radicalidade dos movimentos e das manifestações, a demonstração de força dos trabalhadores nas ruas têm que se mostrar a altura necessária, o que está em jogo é a nossa própria sobrevivência.
As manifestações e a política na luta de classes, em suas diversas formas e diferentes instrumentos, são os meios legítimos que temos para construir um futuro diferente do que querem os burgueses para nós. Não se pode criminalizar, não se pode perseguir, práticas como a do reitor Marcus Tomasi não podem passar batido entre nós.
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