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Opinião

O crescimento do desemprego

Foto: Reprodução/ Mutirão do Emprego/Adilson Dantas
Por José Braga, redação do Universidade à Esquerda
17 de abril, 2020 Atualizado: 14:18

A crise econômica do capitalismo, amplamente catalisada pela pandemia de COVID-19, está colocando milhões de trabalhadores na angústia do desemprego. Para além da política de destruição de Bolsonaro e sua corja na condução do país na pandemia, precisamos debater o crescimento do desemprego que degrada ainda mais as condições de vida dos trabalhadores no Brasil e no mundo inteiro.

Antes mesmo da explosão da pandemia no Brasil, já registramos um alto número de trabalhadores sem emprego. A taxa de desemprego já crescia e afetava mais de 12 milhões de trabalhadores em fevereiro deste ano.

Ainda não temos dados de março e das primeiras semanas de abril. Mas é possível perceber pela amplitude de notícias de demissões e “suspensões de contrato” que um grande número de trabalhadores perderam seus empregos nas últimas semanas. Destes muitos não recuperarão os postos de trabalho, ou conseguirão novamente outro emprego, uma vez que a tendência parece ser de aprofundamento da crise – tanto da pandemia, quanto do capital. 

Nos Estados Unidos, cerca de 22 milhões de trabalhadores buscaram o auxílio desemprego no último mês. O desemprego rapidamente também tem crescido em outros países afetados pela  pandemia, como Espanha, Itália e França. 

O desemprego massivo tende a ser uma das faces mais duras da crise que estamos experimentando. E deve atingir, ainda que de modo distinto, os trabalhadores da maioria dos países. 

Neste momento a dependência cobrará ainda mais seu preço. Nos países dependentes, como o nosso, às possibilidades de saída da crise são minúsculas. E o capital tenderá a achacar ainda mais os trabalhadores, mantendo um alto índice de desemprego, precarizando ainda mais às relações de trabalho. 

Ou seja, precisaremos encontrar uma saída fora da ordem do capital. Pois nela, não teremos qualquer esperança.

*Os textos de opinião são de inteira responsabilidade do autor e podem não corresponder ao que pensa o Jornal

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