Não deixar que nos conduzam ao fracasso na luta contra a Reforma da Previdência

Momentos antes das gigantes manifestações da greve geral do dia 14 de junho, os governadores estaduais ditos de oposição ao governo Bolsonaro declararam apoio ao novo texto da reforma da previdência, agora é um fato, todos os governadores estaduais estão engajados na aprovação da reforma da previdência. 

E assim, longe das ruas, na política do colarinho PT, PDT, PCdoB e PSB passam a atuar pela adesão à reforma da previdência, e pior, fazendo discurso de que os pontos retirados representam uma vitória, quando, na verdade, qualquer ponto da reforma da previdência significa um grande retrocesso para os trabalhadores, pois faz com que os trabalhadores paguem pela crise capitalista e destrua os poucos direitos que temos, os quais deveriam sim ser ampliados. 

Pode parecer confuso e estranho que alguns desses partidos ao mesmo tempo atuem para passar as reformar “lá em cima” e atuem para construir os atos, plenárias e diferentes instrumentos de manifestação e luta próximos a nós, mas infelizmente alguns têm projetos de poder que fogem qualquer atuação realmente comprometida com lutas não ensimesmadas. 

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Os partidos eleitoreiros fazem sua corrida para aprovarem a reforma da previdência antes do próximo ciclo de eleições de 2020 e 2022 para não terem que lidar novamente com a pauta, nesse cenário vão se desenhando traições desde os movimentos que vão traçando táticas fadadas ao fracasso para os movimentos, como blindar radicalizações, esvaziar espaços, o não cumprimento de tarefas, discursos rebaixados tentando fazer desabar a disposição de quem acredita que é possível disputar politicamente esse país. 

Não será sob o domínio e direção desses que as vitórias da classe trabalhadora será possível em qualquer tempo.