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Opinião

O novo marco legal das ferrovias é um ataque à luta dos caminhoneiros

Capitais aprimoram suas táticas para destruir o movimento e ampliar seu controle sobre o transporte

Feirantes fecham a EPIA Norte em frente ao CEASA em protesto de apoio à paralização dos caminhoneiros. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Por Helena Lima, redação do Universidade à Esquerda
16 de março, 2021 Atualizado: 08:42

A greve dos caminhoneiros em 2018 demonstrou o poder de intervenção econômica desta categoria na desestabilização do capitalismo no Brasil. Em menos de quatro dias de mobilização em 28 estados, o país entrou em colapso: faltavam combustíveis nos postos, produtos nos mercados, e setores da indústria estavam com os parques parados.

A especialização da produção nas diferentes regiões do país depende da circulação ininterrupta das mercadorias em grandes distâncias, tanto para a exportação quanto para o consumo interno. Este trabalho é realizado nas rodovias, pelos caminhoneiros, ainda que a dimensão de sua responsabilidade não fosse tão visível para o debate público até 2018.