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Opinião

“Nova” política educacional permite retorno das escolas especiais

Decreto assinado por Bolsonaro desobriga a adequação de todas as escolas a pessoas com deficiência

Projeto de badminton inclusivo em escola regular na Zona Oeste de Natal (RN) Foto: Marcello Nicolato/Diversa
Projeto de badminton inclusivo em escola regular na Zona Oeste de Natal (RN) Foto: Marcello Nicolato/Diversa
Por Nina Matos, redação do Universidade à Esquerda
07 de outubro, 2020 21:40

No dia 30 de setembro, Bolsonaro assinou o Decreto nº 10.502 que “institui a Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida” (PNEE). Em uma canetada, o presidente finda com a obrigatoriedade de que todas as escolas sejam inclusivas, abrindo precedentes para que estudantes com deficiência possam ser recusados em escolas regulares.

Ao longo de todo o texto da PNEE, o que se percebe é uma “pseudoingenuidade” de que a melhor política é uma que trabalhe uma suposta liberdade de escolha, entre permitir a inclusão de estudantes com deficiência à escolas regulares ou manter em um ambiente que possa oferecer cuidados especiais.