No terceiro dia, quinta-feira (28), o governo de Minnesota, estado onde ocorreu o assassinato de Floyd, acionou a Guarda Nacional para tentar conter os protestos. A medida foi apoiada pelo presidente Trump, que chamou os manifestantes de bandidos e os ameaçou dizendo: “quando o saque começar, o tiroteio começará”.
Em Louisville, ao menos sete pessoas foram alvejadas quando manifestantes rodeavam um veículo da polícia. Em Minneapolis, cidade em que Floyd foi morto, os manifestantes atearam fogo em uma delegacia.
No quarto dia, ao menos 30 cidades americanas tiveram manifestações. Um jovem de 19 anos foi assassinado por uma pessoa que passou atirando de dentro de um carro contra uma multidão que protestava em Detroit. Além dele, um agente federal morreu depois de ser baleado durante manifestações em Oakland, na Califórnia.
Centenas de pessoas foram presas na noite de sexta-feira (29) em vários estados. No Texas, quase 200 pessoas foram presas; na cidade que Floyd foi assassinado, 50 pessoas foram detidas. Cidades como Oregon e Ohio declararam estado de emergência e decretaram toque de recolher. Em diversas cidades, houve confronto com a polícia, saques, incêndios e destruição de veículos policiais.
Trump e sua família foram levados ao bunker da Casa Branca após intensificação das manifestações em Washington DC.
No quinto dia de manifestações, cerca de 25 cidades em 16 estados determinaram toque de recolher por causa dos protestos. A Guarda Nacional envolveu 5 mil membros em 15 estados e Washington DC para conter as manifestações. Mais uma pessoa morreu e ao menos três foram baleadas.
Fora dos EUA, também houve protestos em Berlim, Londres e Toronto durante o sábado (30). Derek Chauvin, policial que matou Floyd, foi preso e acusado formalmente de homicídio.
No domingo (31), sexto dia de protestos, 4 mil pessoas já haviam sido presas. A Casa Branca teve suas luzes apagadas por medida de segurança. A polícia disparou gás lacrimogêneo contra o protesto que acontecia perto da residência oficial do presidente.
Manifestantes quebraram janelas de edifícios, viraram carros e criaram focos de incêndio. Um homem foi morto em Louisville no meio de um confronto entre manifestantes com a polícia e a Guarda Nacional.
Na segunda-feira (1º), sétimo dia de atos anti-racistas, as maiores cidades do país decretaram toque de recolher. Trump reforçou aos governadores e prefeitos que as Forças Armadas podem ser convocadas para conter os atos, ameaçando intervenção militar onde os atos estivessem mais intensos.
Após uma semana do assassinado de Floyd, que foi gravado e repercutiu em diversos países, novos laudos de autópsias declararam o óbvio: a morte de Floyd foi homicídio por asfixia, causada pela pressão do joelho do policial Derek sobre seu pescoço. A autópsia inicial dizia que não havia “nenhum achado físico que suporte o diagnóstico de asfixia traumática ou estrangulamento”. Chauvin foi acusado de homicídio culposo, ou seja, “sem intenção de matar”.
Nesta terça-feira (2), oitavo dia de protestos, mais três pessoas foram mortas. Ao todo, já morreram nove pessoas durante os protestos anti-racistas que se alastram pelos EUA.
Dezenas de milhares de pessoas manifestaram em ao menos 140 cidades, desafiando o toque de recolher imposto em ao menos 40 delas. As manifestações repudiaram o pronunciamento de Trump que, na segunda-feira, ameaçou intervir com os militares nos estados. Em oito dias, a Guarda Nacional já intervia em 29 estados com cerca de 18 mil homens na esperança de conter os protestos.
Apesar dos atos terem sido menos intensos na terça-feira, foram registrados ataques a lojas e butiques de luxo em Manhattan, entre elas, duas joalherias da Rolex.
Nesta quarta-feira (3), as manifestações seguem em dezenas de estados americanos completando nove dias de intensos protestos contra o racismo.